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​92,5% dos pais opta por adotar crianças sem deficiências no Brasil

Apenas 2.502 dos 33.207 pretendentes à adoção no país não fazem restrição a crianças com algum tipo de deficiência ou doença, o que representa 7,5% do total. É o que mostram dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), obtidos com exclusividade pelo G1. E

Da Redação

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​92,5% dos pais opta por adotar crianças sem deficiências no Brasil
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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.02.2015, 08:45:00 Editado em 27.04.2020, 20:03:05
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Apenas 2.502 dos 33.207 pretendentes à adoção no país não fazem restrição a crianças com algum tipo de deficiência ou doença, o que representa 7,5% do total. É o que mostram dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), obtidos com exclusividade pelo G1. 

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Existem hoje 5.699 crianças disponíveis no Cadastro Nacional de Adoção. Do total, 1.256 (ou 22%) têm algum tipo de doença ou deficiência. Para tentar aproximar os dois grupos, há um ano foi sancionada pelo governo uma lei, a 12.955/14, que prioriza os processos de adoção de crianças deficientes ou doentes crônicas. Para Antonio Carlos Berlini, presidente da Comissão Especial de Direito à Adoção da OAB-SP, no entanto, nada mudou. “Embora a lei obrigue uma tramitação rápida, são raríssimos os pretendentes que se dispõem a adotar uma criança com essas características.

O percentual já é baixo, e não quer dizer que na hora que estes sejam chamados a adoção se concretize. Às vezes, os pretendentes conhecem a criança e não se sentem prontos.”

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Em 2014, apenas 26 crianças com alguma doença ou deficiência acabaram adotadas – o número não tem sido muito diferente desde a implementação do cadastro, em 2008.

Em 2013, foram seis; em 2012, 24. “Não é preconceito. Falta informação e falta formação aos pretendentes à adoção. Embora o artigo 50 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diga que é necessária a capacitação, por vezes ela é dada superficialmente pelas varas de Infância e Juventude. Isso porque elas não têm estrutura nem pessoal capacitado para levar essa mensagem da prioridade que essas crianças têm sobre todas as outras. Falta alargar o horizonte do pretendente à adoção, mostrando que há crianças mais necessitadas”, afirma Berlini.

Confira matéria completa AQUI - Foto: Suzana Schettini, o marido e o filho adotivoMatheus, que teve sequelas decorrentes de umafalta de oxigenação no cérebro durante o parto(Arquivo pessoal)

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