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Superbactéria achada no rio Carioca é destaque em mídia internacional

SÃO PAULO, SP - Cientistas do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, encontraram bactérias resistentes a antibióticos nas águas do rio Carioca, que atravessa diversos bairros da capital fluminense.  Um dos locais contaminados fica próximo à praia do Flameng

Da Redação

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Foto: Alexandre Macieira/ Riotur
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Publicado em 16.12.2014, 14:09:00 Editado em 27.04.2020, 20:04:52
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SÃO PAULO, SP - Cientistas do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, encontraram bactérias resistentes a antibióticos nas águas do rio Carioca, que atravessa diversos bairros da capital fluminense. 

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Um dos locais contaminados fica próximo à praia do Flamengo, frequentada por banhistas e pescadores. Por conta da praia estar perto da Marina da Glória, que vai ser palco das competições de vela nas Olimpíadas de 2016, o problema ganhou repercussão em vários jornais e sites internacionais. 

A BBC, por exemplo, relata a descoberta da Fiocruz próximo ao evento que terá várias esportes na água, como a vela e remo. 

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Na praia do Flamengo não é comum a presença de banhistas por conta da má qualidade das águas. Normalmente, ela é classificada como "péssima" e acaba sendo evitada por cariocas e turistas. 

Além desse local, as bactérias produtoras da enzima KPC foram identificadas em outros dois pontos na zona sul da cidade: no largo do Boticário e no Cosme Velho. 

Essa enzima é responsável por torná-las resistentes aos principais antibióticos utilizados no combate a infecções. 

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De acordo com a pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto, Ana Paula Carvalho Assef, a preocupação é que as doenças provocadas pelos micro-organismos requeiram internação hospitalar. Ana Paula ressaltou que, até o momento, não houve registro de contaminação entre frequentadores. Ainda assim, segundo ela, os resultados da pesquisa foram enviados para as autoridades competentes. 

De acordo com Ana Paula, as doenças causadas por estes micro-organismos são iguais àquelas provocadas por bactérias comuns, mas os tratamentos exigem antibióticos mais potentes. Uma vez que as superbactérias são resistentes aos medicamentos mais modernos, os médicos precisam recorrer a drogas que estavam em desuso por serem tóxicas para o organismo - como a polimixina. 

"Mergulhar num rio onde há bactérias produtoras de KPC é como mergulhar em qualquer rio poluído. Existe o risco de contrair doenças, que não são mais graves do que as causadas por outros micro-organismos. O problema é que, no caso de uma eventual infecção, é possível que o tratamento exija uma abordagem de internação hospitalar", afirma a pesquisadora. 

Além do risco para a população, os cientistas consideram que a principal ameaça é a disseminação da resistência, que ocorre na medida em que as bactérias são capazes de transmitir genes umas para as outras.

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