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Fuvest aborda crise da água e candidatos acham prova difícil

SÃO PAULO, SP - Depois de quatro horas, os primeiros candidatos que prestaram o vestibular da Fuvest neste domingo (30) começaram a deixar os locais de prova. A prova tem 90 questões de múltipla escolha sobre as disciplinas do ensino médio: português, m

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 30.11.2014, 17:43:52 Editado em 27.04.2020, 20:05:26
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SÃO PAULO, SP - Depois de quatro horas, os primeiros candidatos que prestaram o vestibular da Fuvest neste domingo (30) começaram a deixar os locais de prova.
A prova tem 90 questões de múltipla escolha sobre as disciplinas do ensino médio: português, matemática, física, química, biologia, história, geografia e inglês, com algumas questões interdisciplinares.
Uma das questões que chamou a atenção dos candidatos abordou a crise de abastecimento de água na Grande São Paulo, perguntando sobre possíveis fatores que levaram à situação crítica.
"A questão perguntava os motivos da crise, se era uma questão econômica, de recursos naturais, de gestão", disse Igor de Azevedo, 19, que tenta ingressar no curso de letras da USP (Universidade de São Paulo).
Parte dos estudantes relatou à Folha que considerou a prova difícil, sobretudo as questões de ciências exatas.
Nayara Nascimento, 17, está concorrendo a uma vaga para o curso de jornalismo. "Achei a prova de humanas fácil, mas a de matemática não vou nem comentar", disse.
Sua mãe, a professora Aparecida Silva, 56, ficou esperando na porta da UNIP, na Aclimação (zona sul de São Paulo), até que a filha acabasse os exames.
"Vim para dar apoio. Estou tranquila. Se a gente ficar ansiosa, os filhos ficam mais ainda", afirmou.
Outro que reclamou de extas foi Lorivaldo Daufenbach, 37. "Teve bastante conta. Achei as provas de matemática e física bem difíceis", disse.
Ele já é formado em administração, mas quer cursar direito na USP porque "dá mais dinheiro".
Já Thyago Cabral, 23, achou as questões de ciência humanas complicadas. O rapaz, que é formado em direito pela Universidade Federal do Amazonas, tenta uma vaga em letras com língua japonesa na USP.
"Achei que a prova de história teve poucas questões sobre o Brasil e que a de literatura foi muito sobre [o escritor Carlos] Drummond [de Andrade]. Esse ano foi mais difícil", disse.
Segundo Vinicius Pacine, candidato a uma vaga em ciências sociais, a prova trouxe bastante questões ligadas a economia, especialmente sobre China e Índia, mas quase nenhuma questão sobre história do Brasil.
Alguns candidatos acharam a prova mais leve que o Enem. "No Enem há muitos textos e a prova te derruba pelo cansaço. A Fuvest é menos cansativa e exige mais conhecimento específico", disse Mariana Moraes, 19. Ela pretende cursar marketing.
A estudante Gabriela Barbosa, 19, também achou as questões de ciências exatas um tanto complexas. Ela tenta pelo segundo ano consecutivo entrar no curso de biomedicina.
No fim da prova, seu noivo, o estudante Victor Augusto, 20, a esperava na porta. Ele veio de Natal, onde estuda ciência e tecnologia, para acompanha-la na Fuvest. "Gosto de dar apoio, estar presente."

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