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Defesa pede que jurados "estendam a mão" a acusado de canibalismo

OLINDA, PE - Os defensores do trio que confessou a prática de canibalismo em Pernambuco tenta na tarde desta sexta-feira (14) convencer os jurados a atenuar a pena que deve ser aplicada a Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 52, Isabel Cristina Torreão P

Da Redação

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Publicado em 14.11.2014, 17:36:00 Editado em 27.04.2020, 20:05:54
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OLINDA, PE - Os defensores do trio que confessou a prática de canibalismo em Pernambuco tenta na tarde desta sexta-feira (14) convencer os jurados a atenuar a pena que deve ser aplicada a Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 52, Isabel Cristina Torreão Pires, 53, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 28, neste segundo dia de júri popular no fórum de Olinda, região metropolitana do Recife.

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Os três são acusados pelo homicídio quadruplamente qualificado de Jéssica Camila da Silva Pereira, 17, em Olinda, e de Giselle Helena da Silva, 31, e Alexandra da Silva Falcão, 20. Eles estão presos desde 2012, quando os crimes foram descobertos.

Agora, eles estão sendo julgados apenas pela morte de Jéssica. O julgamento do assassinato das outras duas vítimas ainda não tem data para ocorrer.

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Segundo a acusação, os três mataram, esquartejaram e comeram partes do corpo da vítima. Dois dos três réus disseram que a filha de Jéssica, uma menina que à época tinha um ano, também comeu a carne da mãe, morta em decorrência de um corte de faca no pescoço.

A defensora pública Tereza Joacy, responsável pela defesa de Jorge, começou a apresentação para os sete jurados rezando a oração de São Francisco. Em seguida, defendeu a tese de semi-imputabilidade, alegando que Jorge tem problemas mentais e que não houve o agravante de "meio cruel", já que, segundo a defesa, Jéssica já estava morta quando foi arrastada e esquartejada. "Se puderem, estendam uma mão a Jorge", disse a defensora aos jurados.

Os defensores de Isabel e Bruna sustentam a tese de que as duas agiam por temor a Jorge, apontado por eles como uma pessoa agressiva. O advogado de Isabel, Paulo Sales, disse que Jorge era um "homem desequilibrado, dominador" e citou a síndrome de Estocolmo, em que a vítima cria afeição pelo agressor.

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Os dois viveram juntos por 30 anos, inclusive depois que Jorge levou Bruna para casa e passou a se relacionar com as duas. "Isabel criou idolatria e medo de Jorge", afirmou, acrescentando que ela foi coagida.

Apesar de Isabel ter negado, o defensor dela afirmou que a mulher entregou a Jorge a faca utilizada no crime, mas alegou que ela não matou nem carregou o corpo. Por isso, pediu a exclusão da culpabilidade de Isabel.

Já Rômulo Lyra, advogado de Bruna, disse que ela era "uma vítima em potencial" de Jorge que foi seduzida pelo réu. A defesa também citou a agressividade de Jorge e alegou que ele "exerceu poder" sobre Bruna.

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Os três réus acompanharam os pronunciamentos da Promotoria e da defesa sentados lado a lado.

Jorge tinha o olhar vago, enquanto Isabel chorou diversas vezes. Já Bruna aparentava tranquilidade e reagiu com sorrisos a provocações da promotora Eliane Gaia. Os três prestaram depoimentos na tarde desta quinta-feira (13), com várias contradições.

Promotoria e defesa ainda têm direito a réplica e tréplica. Só depois os jurados se reunirão e responderão a questões da juíza titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Olinda, Maria Segunda Gomes de Lima. O julgamento deve terminar na noite desta sexta-feira (14).

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