Foi lançado nesta terça-feira (11), na Penitenciária Feminina do Paraná, em Piraquara, o projeto “Aleitamento saudável em unidades prisionais femininas”, desenvolvido pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça.
O Paraná é um dos dois estados brasileiros escolhidos para iniciar a ação. A Penitenciária mantém uma creche com capacidade para abrigar de 30 a 40 crianças, mas a média de idade de permanência na unidade tem sido até os dois anos.
Para o lançamento, a Penitenciária Feminina, que é uma unidade de regime fechado da Secretaria Estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, recebeu a atriz Maria Paula, que é embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (BLH), do Ministério da Saúde. Ela fez palestra sobre a importância dos cuidados nos primeiros meses de vida para o desenvolvimento físico, psíquico e emocional do bebê. A diretora Penitenciária, Rita de Cássia Costa, também participou.
INTEGRAÇÃO - A Rede BLH objetiva promover a saúde da mulher e da criança por meio da integração e parcerias com órgãos federais, iniciativa privada e a sociedade. Os órgãos trabalham em conjunto para a definir estratégias para orientar as mulheres privadas de liberdade sobre a importância de alimentar os recém nascidos com o leite materno.
Maria Paula destacou que, de forma geral, as mulheres detentas são muito invisíveis para a sociedade. “Poucos pensam que elas estão vivendo a realidade de ter filhos dentro da prisão, que as crianças nascem numa situação emocionalmente complicada”, disse.
A atriz contou que decidiu fazer essa campanha justamento para falar do momento de acolhimento do bebê. “A criança vai crescer mais determinada, se tornar um adulto mais equilibrado e estaremos evitando mais presídios”, afirmou.
PIONEIRO – Além do Paraná, também o Rio de Janeiro inicia o projeto. “O Paraná foi um dos escolhidos pela “estrutura física da Penitenciária Feminina, que mantém um bom espaço para a creche que acolhe os filhos das detentas”, disse a coordenadora do projeto, Gisele Peres.
Ela informou que o projeto de aleitamento surgiu no inicio de 2011 e que, em 2015, serão iniciadas construções de salas para amamentação.
A Lei de Execução Penal permite que a criança permaneça com a mãe presa, no minimo, até os seis meses de idade, podendo ficar até os seis anos. A Resolução nº 4/2009, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária recomenda a permanência até os dois anos de idade.
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.11.2014, 06:50:00 Editado em 27.04.2020, 20:06:01
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