SÃO PAULO, SP - Cerca de 30 mil pessoas fecharam as ruas do centro de Santiago neste sábado (25) em uma manifestação organizada por donos de colégios particulares contra a reforma educacional apresentada nesta semana no Chile.
Pelo projeto de lei, as chamadas escolas particulares subvencionadas, que recebem recursos do Estado para funcionar, não poderão ter lucro, cobrar mensalidades e fazer seleções para a entrada dos alunos, chamada no Brasil de vestibulinho.
A partir da aprovação do projeto, os alunos serão alocados pelo Estado e todos os recursos usados na subvenção serão destinados apenas às escolas públicas e às particulares sem fins lucrativos.
O protesto, que começou ao meio-dia (13h em Brasília), teve a participação de sindicatos de donos de escolas, famílias de classe média e políticos da Aliança, rival da presidente Michelle Bachelet, quem impulsiona a reforma educacional.
Os manifestantes chegaram a usar um trator para abrir caminho nas ruas da cidade. Os donos de escolas particulares fazem há mais de um mês uma campanha contra o projeto que, para eles, vai provocar o fechamento dos colégios subvencionados e vai fazer com que seus filhos sejam "cobaias" educacionais.
"Isso não é o que imaginamos para o futuro de nossos filhos. A reforma do governo nos coloca contra a parede", afirma Esteban Mora, pai de dois filhos que estudam em um colégio subvencionado em Santiago.
Pouco antes da manifestação, o presidente da Confederação de Pais e Responsáveis dos Colégios Subvencionados (Confepa), Hernán Herrera, disse que "os parlamentares ficaram reféns da bancada estudantil e do Partido Comunista".
O projeto para os colégios subvencionados foi aprovado pela Câmara dos Deputados e passará agora pelo Senado. A reforma é uma resposta de Bachelet à promessa feita aos estudantes durante a campanha presidencial, em 2013.
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.10.2014, 22:10:00 Editado em 27.04.2020, 20:06:31
Siga o TNOnline no Google NewsContinua após publicidade
continua após publicidade
Deixe seu comentário sobre: "Protesto contra reforma educacional reúne 30 mil pessoas no Chile"