O partido comunista da Coreia do Norte anunciou neste sábado que celebrará em setembro uma reunião extraordinária para eleger o seu birô político.
O anúncio, difundido através da agência de notícias oficial, diz que o encontro do mais alto órgão de liderança do regime coreano "reflete os novos requisitos do Partido dos Trabalhadores da Coreia".
Será a terceira conferência deste nível do partido em seis décadas desde a fundação da Coreia do Norte. A nota oficial diz que "este é um ano de grandes mudanças".
Analistas especulam que o evento pode ser o início de uma transição de poder dentro do regime coreano, um dos mais fechados do mundo.
Nos últimos anos ganhou força a informação de que o líder do país, Kim Jong-Il, está doente e preparando seu filho de 27 anos, Kim Jong-Un, educado na Suíça, para assumir o poder, da mesma forma como ele sucedeu o pai após a sua morte, nos anos 1990.
Segundo informações da inteligência sul-coreana, o regime de Pyongyang começou recentemente a promover canções e poemas louvando Kim Jong-Un.
O correspondente da BBC em Seul, John Sudworth, disse que é provável que Kim Jong-il continue no posto de secretário-geral do partido, com a conferência servindo para sinalizar o início de um "período de transição".
Este processo é acompanhado de perto por países preocupados com o aumento das tensões entre as duas Coreias, que aumentou depois do afundamento, em março, do navio de guerra sul-coreano Cheonan, um incidente que matou 46 marinheiros sul-coreanos.
Uma investigação internacional concluiu que o navio foi afundado por um torpedo disparado de um navio norte-coreano.
Em meio ao temor de que os norte-coreanos estejam preparando uma nova rodada de testes de mísseis, os Estados Unidos alertaram a Coreia do Norte para que o país não cometa atos "que aumentem a tensão na região".
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