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Dilma diz não ter sido consultada para declaração internacional sobre florestas

NOVA YORK, EUA - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (24) que o Brasil não foi consultado sobre a Declaração de Nova York sobre Florestas."Não é uma declaração da ONU. Foi apresentada por três países: Alemanha, Reino Unido e Noruega, al

Da Redação

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Dilma diz não ter sido consultada para declaração internacional sobre florestas
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Publicado em 24.09.2014, 16:39:00 Editado em 27.04.2020, 20:08:24
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NOVA YORK, EUA - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (24) que o Brasil não foi consultado sobre a Declaração de Nova York sobre Florestas.

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"Não é uma declaração da ONU. Foi apresentada por três países: Alemanha, Reino Unido e Noruega, algumas ONGs e empresas privadas internacionais. Por que o Brasil se recusou a assinar? Primeiro porque não nos consultaram", disse em entrevista a jornalistas em Nova York, após discursar na abertura da Assembleia-Geral da ONU.

A Declaração de Nova York é mais uma carta de boas intenções do que um plano prático para cortar pela metade o desmatamento até 2020 e zerá-lo até 2030. O Brasil não aderiu à declaração por discordar, segundo a reportagem apurou, do compromisso de desmatamento zero.

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A restrição maior do Planalto diz respeito à ausência de distinção, no texto, entre desmatamento legal e ilegal.

Como no Brasil se permite manejo sustentável de florestas para extração de madeira e derrubada de áreas para agricultura, o país não poderia aderir ao desmatamento zero. Isso implicaria, na visão do governo, impedir derrubadas que hoje são permitidas por lei.

"Além de não terem nos consultado, eles propõem algo que é contra a lei brasileira, que permite que façamos o manejo florestal. Muitas pessoas vivem do manejo, que é o desmatamento legal, sem danos ao meio ambiente. [A declaração] Contraria e se contrapõe à nossa legislação", afirmou.

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Organizadores do documento dizem que tentaram engajar o Brasil na discussão, mas sem sucesso.

Com o desmatamento zero proposto na declaração, deixariam de ser emitidos a cada ano, a partir de 2030, entre 4,5 bilhões e 8,8 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), valor estimado para o que a destruição de florestas lança de poluição anualmente. Seria o mesmo que tirar de circulação o bilhão de carros que há hoje no mundo.

EUA e União Europeia apoiam a declaração. China e Índia, não. Outros países com floresta tropical assinaram (Peru, Colômbia, Guiana, República Democrática do Congo e Indonésia). Mas nenhum chega perto dos 4 milhões de quilômetros quadrados de mata amazônica em território brasileiro.

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