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Foragido da Justiça, coordenador de operações da PM do Rio se entrega em delegacia

DIANA BRITO E MARCO ANTÔNIO MARTINS RIO DE JANEIRO, RJ - Foragido da Justiça, o coordenador de operações da PM, major Edson Alexandre Pinto de Goes, 43, se entregou na manhã desta terça-feira (16) na 1ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária (DPJM), no

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.09.2014, 12:01:00 Editado em 27.04.2020, 20:08:54
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DIANA BRITO E MARCO ANTÔNIO MARTINS
RIO DE JANEIRO, RJ - Foragido da Justiça, o coordenador de operações da PM, major Edson Alexandre Pinto de Goes, 43, se entregou na manhã desta terça-feira (16) na 1ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária (DPJM), no Méier, zona norte do Rio. Ele foi preso sob acusação de atuar num esquema de extorsões na zona oeste da cidade.
Policiais da Corregedoria da PM e promotores estiveram na casa de Goes na segunda-feira (15), na zona oeste, mas ele não foi encontrado. No local, foram apreendidos R$ 287 mil em dinheiro e joias -que os investigadores supõem ser fruto do esquema de extorsão.
Outros 23 policiais militares também foram presos ontem pelo mesmo crime, entre eles, o coronel Alexandre Fontenelle, 44 -terceiro homem na hierarquia da Polícia Militar no Estado. Ele é o atual comandante do COE (Comando de Operações Especiais) e tem sob suas ordens unidades como o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e o Batalhão de Choque.
Segundo as investigações, conduzidas pela Secretaria de Segurança Pública e pelo Ministério Público estadual, comerciantes e motoristas de vans de Bangu, na zona oeste, eram os alvos preferenciais das extorsões.
Mas nem os camelôs estavam livres da cobrança de propina -para montarem suas barracas, deveriam pagar R$ 10 por semana para os PMs do batalhão.
"A corrupção era institucionalizada. Tudo que estava à margem da lei era alvo da quadrilha", disse o subsecretário de Inteligência da Segurança, delegado Fabio Galvão.
A propina, conforme as investigações, era paga para que os policiais fizessem vista grossa a crimes cometidos por lojistas, como a venda de produtos piratas.
O coronel Fontenelle disse que só falará sobre as acusações feitas a ele na Justiça.
De acordo com o Ministério Público, o grupo transformou o batalhão de Bangu em um "balcão de negócios". A propina, segundo a apuração, era diária, semanal ou mensal. Variava de R$ 30 a R$ 2.600.
Todo o esquema teria começado no período que o coronel Fontenelle foi comandante do batalhão de Bangu, em 2012 e 2013.
Segundo a polícia, mesmo após sair da unidade, Fontenelle e parte da equipe que foi com ele para o COE ainda recebiam propina.
As investigações são baseadas em depoimentos, documentos e diálogos telefônicos interceptados com autorização judicial.
A cúpula do batalhão, formada por Fontenelle, três majores e dois capitães, era chamada de "administração". O recolhimento da propina seria feito por equipes de policiais designadas para rondas nas ruas.
Na denúncia, os promotores dizem que as equipes mais lucrativas eram as chamadas APTRans, responsáveis por reprimir irregularidades no trânsito, que atuavam contra motoristas que se recusavam a pagar propina.
Parte do dinheiro obtido por este grupo era repassada, segundo o Ministério Público, para a "administração".

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