SÃO PAULO, SP - O número de mortos no pior surto de ebola já registrado subiu para ao menos 2.296 pessoas, com 4.293 casos da doença registrados em cinco países da África Ocidental, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira.
Os números mostram quase 200 novas mortes pela doença a partir de 6 de setembro, o que significa que os dados representam apenas um dia desde a última atualização anterior da OMS, que se referia a 5 de setembro.
Mas os últimos dados ainda assim espelham a situação até 5 de setembro na Libéria, país mais afetado pelo surto, sugerindo que o verdadeiro número de mortes já se encontra em patamar mais alto.
A existência nacional da Libéria está "seriamente ameaçada" pelo vírus mortal do ebola, que está "se espalhando como fogo e devorando tudo em seu caminho", disse o ministro da Defesa do país ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.
Mais de mil pessoas já morreram da doença em solo liberiano.
"A Libéria está enfrentando uma ameaça séria à sua existência nacional. O vírus ebola causou uma interrupção no funcionamento normal de nosso Estado", disse o ministro da Defesa do país ao Conselho de Segurança da ONU, Brownie Samukai.
"Agora ele está se espalhando como fogo e devorando tudo em seu caminho. A infraestrutura já frágil do sistema de saúde do país foi sobrecarregada", afirmou ele ao conselho de 15 membros, acrescentando que a reação internacional inicial "não foi nada robusta".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse planejar uma reunião a respeito da resposta global à crise do Ebola nos bastidores da Assembleia-Geral da entidade no final deste mês.
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