Levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo diz que 33,2% dos pais com filhos nascidos no Estado relatam ter sentido a falta de vacinas que os bebês precisam tomar no primeiro ano de vida.
A Pesquisa de Satisfação dos Usuários do SUS/SP mostrou que, para 31,9% desses pais, “às vezes” faltam as vacinas, enquanto 1,3% deles afirmam que as doses “sempre” faltam. Já 18,9% dos pais disseram que os recém-nascidos não tomaram nenhuma vacina enquanto estiveram na maternidade onde nasceram.
A Secretaria de Saúde de São Paulo disse ter ficado “surpresa” com essa impressão dos pais, diz o relatório, já não houve no período falta ou redução no estoque de vacinas.
O relatório mostra ainda que 28,9% dos recém-nascidos não receberam as doses de hepatite B nas maternidades, conforme previsto no Programa de Imunização do Estado de São Paulo. A secretaria admite erros no programa de vacinação.
- Trata-se de perda de oportunidade e falha no programa, demonstrando necessidade de reorientar e avaliar as maternidades.
O relatório foi elaborado pela secretaria a partir de um questionário enviado aos pacientes que usaram os serviços do SUS entre 2007 e 2008. O governo recebeu mais de 200 mil respostas a respeito da qualidade do serviço público de saúde.
No que se refere à vacinação das crianças no primeiro ano de vida, foi utilizado o Sinasc (Sistema de Informações de Nascidos Vivos). Os pesquisadores enviaram cartas para os endereços presentes em todos os registros de bebês nascidos no período de janeiro a abril de 2007 (garantindo assim que as crianças, no momento do encaminhamento das cartas, já tivessem um ano de vida completo). As crianças que morreram no período foram excluídas da contagem.
Foram 286 mil cartas enviadas aos pais, o que gerou 10.900 respostas. De acordo com o relatório, esse número “pode ser considerado bastante bom”.
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