Com um trabalho em que se passa por engarrafamentos e entre frestas de carros, os motoboys terão de passar, a partir de 15 de dezembro, por um curso de formação, que prevê no conteúdo programático aulas de ética e "autocontrole". A carga horária de 30 horas-aula está prevista em uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito publicada ontem. A resolução é uma das duas previstas pelo Contran para criar regras específicas de mototáxi e motofrete. "Pretendemos em breve publicar a resolução que vai tratar dos equipamentos de segurança", diz o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Alfredo Peres da Silva. Dentre os itens que serão obrigatórios estão protetor para pernas (o mata-cachorro) e uma antena (corta-pipa).
Em relação à formação, a resolução prevê que o conteúdo seja focado, além de autocontrole, em noções básicas de legislação, segurança, capacidade de lidar com imprevistos e elaboração de rotas alternativas, por meio do conhecimento da cidade. No caso de motoboys, as aulas preveem estudo sobre pontos críticos de fluidez e de segurança no trânsito; para mototaxistas, há orientações de atendimento, visando à qualidade do serviço.
O texto também determina que para trabalhar nessas categorias é preciso ter pelo menos 21 anos e habilitação por pelo menos dois anos na categoria A. Ainda é necessária a aprovação em curso especializado e vestir colete de segurança com dispositivo retrorreflexivo. "A regulamentação era primordial para organização, seleção e qualificação dos profissionais", avalia o presidente do Sindicato dos Motoboys de São Paulo, Gilberto Almeida. "Sou motoboy há oito anos. A gente só vai conseguir respeito e melhorar tudo com organização e regulamentação, até mesmo para a questão de salários." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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