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Unidos no crime, noivos casam e vão para a prisão

O Dia dos Namorados do casal Maxwell da Costa Silva, 23 anos, e Rayza de Souza Gomes, 20, vai ser inesquecível. Em um sítio alugado no Distrito de Praia de Mauá, em Magé, para uma grande festa com mais de 200 convidados prevista para durar todo o fim d

Da Redação

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 Maxwell, 23 anos, e Rayza, 20, pagaram a festa de casamento com parte do dinheiro desviado com o golpe
Icone Camera Foto por Carlos Moraes / Agência O Dia
Maxwell, 23 anos, e Rayza, 20, pagaram a festa de casamento com parte do dinheiro desviado com o golpe
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.06.2010, 14:57:00 Editado em 27.04.2020, 21:00:58
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O Dia dos Namorados do casal Maxwell da Costa Silva, 23 anos, e Rayza de Souza Gomes, 20, vai ser inesquecível. Em um sítio alugado no Distrito de Praia de Mauá, em Magé, para uma grande festa com mais de 200 convidados prevista para durar todo o fim de semana, eles trocaram alianças em cerimônia de casamento que consagrou uma união baseada não só no amor, mas sobretudo no crime. O que era para ser um dia de sonho, entretanto, virou pesadelo com a chegada de um inesperado penetra: a Polícia Civil. Agora, o casal — líder de uma quadrilha de desvio de cartões de crédito responsável por prejuízo de quase R$ 5 milhões a bancos desde janeiro — vai passar a lua de mel atrás das grades.

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A chegada de agentes da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) aconteceu logo após um juiz de paz consumar a união dos pombinhos estelionatários. No local, ainda foram presos os padrinhos Diego de Souza Gomes, irmão de Rayza, e Raphael da Costa Silva, irmão de Maxwell, e João Luís Francisco da Silva. Dois convidados — Carlos Alexandre Machado da Silva e Fábio Anderson de Oliveira Castro — também saíram algemados. Outros nove mandados de prisão de total de 26 foram cumpridos no Rio, Nova Iguaçu e Niterói.

A Operação Não Tem Preço seria desencadeada às 14h30, mas só começou duas horas e meia depois. A polícia, com agentes à paisana, precisou esperar a noiva, que, fiel às tradições, chegou atrasada. Sua alegria acabou logo depois de celebrada a união, com a chegada do resto do efetivo.

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FESTA NÃO PAROU

O aparecimento dos agentes deixou muitos convidados nervosos. Para ampará-los , foi disponibilizada uma ambulância. “Decidimos iniciar a operação durante a festa de casamento porque este era o momento em que o maior número de alvos estaria reunido”, explicou o delegado Carlos Oliveira, subchefe operacional da Polícia Civil.
A festa, porém, parece ter acabado mesmo só para os noivos e os outros detidos. Depois da operação, o bar ainda estava lotado de gente em busca de bebidas. A cerimonialista, inclusive, precisou pedir calma aos mais ávidos pelos drinques. A procura por fatias do bolo (cortado mesmo com a ausência dos noivos) também foi grande. O mesmo aconteceu com o churrasco, assado na churrasqueira a todo vapor. Cerca de R$ 17 mil foram gastos só com bebidas.

“Todas as bebidas e comidas da festa foram compradas com dinheiro arrecadado com os golpes”, contou o delegado Fernando Vila Pouca, titular da Deat. Só por volta das 19h que os convidados foram tomados por uma grande revolta. Naquele momento, a polícia iniciou a apreensão das caixas de bebidas e interrompeu o serviço de bufê.

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Identidades falsas para liberar cartões

Maxwell e Rayza eram líderes de quadrilha que também contava com cinco carteiros. Eles eram responsáveis por desviar correspondências com cartões de crédito e usá-los na compra de eletrodomésticos, entre eles TVs de LCD, que também eram revendidos.

Os cartões desviados pelos funcionários dos Correios eram enviados ao casal, que os repassava aos ‘desbloqueadores’. Esses integrantes do bando usavam identidades falsificadas para ir a agências bancárias desbloquear os cartões, que, então, eram usados pelos integrantes da quadrilha. Os presos responderão por estelionato.

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