SÃO PAULO, SP - O Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) instaurou inquérito civil nesta terça (10) para apurar a morte de um operário após a queda de uma viga na obra do monotrilho na segunda (9). O órgão quer saber se todas as medidas de prevenção de acidentes estavam sendo cumpridas.
Em nota, o Ministério Público aponta a existência de relatos - ainda não comprovados - que denunciam a violação dos princípios de proteção ao trabalho, "sobretudo ao direito ao meio ambiente seguro".
A procuradora Andréa Albertinase, responsável pelo caso, deve receber em breve os laudos técnicos preparados pela Defesa Civil, pela Delegacia de Polícia e pelo Corpo de Bombeiros.
Já o Consórcio Monotrilho Integração (formado por Construtora Andrade Gutierrez SA, Cr Almeida SA Engenharia De Obras, Scomi Engineering BHD e MPE Montagens e Projetos Especiais SA) tem até 10 dias para apresentar documentos que comprovem que as normas de segurança estavam sendo cumpridas.
O Metrô, responsável legal pela obra, foi intimado a apresentar ao Ministério Público do Trabalho quais as medidas de prevenção de acidentes no trabalho que foram adotadas e também as solicitadas ao Consórcio.
ACIDENTE
Uma viga de 90 toneladas da obra do monotrilho da linha 17-ouro do Metrô de São Paulo caiu, matou um operário e feriu outros dois no Campo Belo (zona sul), no fim da tarde de segunda (9).
A peça de sustentação do monotrilho despencou de uma altura de cerca de 15 metros, por volta das 16h50, sobre a rua Vieira de Morais, na esquina com a av. Washington Luís - vias que estavam abertas para a circulação de veículos na hora do acidente.
O Consórcio Monotrilho Integração disse que trabalhadores ajustavam a viga quando a peça caiu.
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