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Subcomandante de UPP é morto com um tiro após ataque criminoso

SÃO PAULO, SP, 14 de março (Folhapress) - O subcomandante interino da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Vila Cruzeiro, favela situada na Penha, zona norte do Rio, foi morto com um tiro na cabeça em ataque criminoso quando patrulhava a região na n

Da Redação

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Publicado em 14.03.2014, 10:18:00 Editado em 27.04.2020, 20:17:37
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SÃO PAULO, SP, 14 de março (Folhapress) - O subcomandante interino da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Vila Cruzeiro, favela situada na Penha, zona norte do Rio, foi morto com um tiro na cabeça em ataque criminoso quando patrulhava a região na noite de ontem.

O tenente Leidson Acássio Alves Silva, 27, chegou a ser socorrido no Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu ao ferimento. Ele é o quarto policial de UPP assassinado nos complexos da Penha e Alemão.

Apesar de 11 PMs terem morrido em áreas com UPPs nos cinco anos desde o início do projeto -mais da metade deles neste ano-, Beltrame diz que o programa não está ameaçado.

Na manhã de hoje, os PMs das UPPs da Penha e do Alemão receberam reforço de policiais de outras unidades. Homens do Batalhão de Operações Especiais, Bope, passaram a noite na Vila Cruzeiro, mas, segundo a coordenação das UPPs, já deixou o local na manhã de hoje.

PMs contaram que além da equipe do subcomandante morto, outras três equipes policiais foram atacadas simultaneamente na região.

Ainda de acordo com a coordenação das UPPs, o subcomandante da UPP Vila Cruzeiro foi baleado pouco depois das 22h na Vila Cruzeiro. Ele supervisionava uma equipe com oito PMs quando foi atacado por um grupo armado.

Os policiais dizem que pelo menos 20 criminosos participaram do ataque na rua 10, área de divisa entre a Vila Cruzeiro e o Parque Proletário, no Complexo da Penha. Houve troca de tiros, mas os bandidos conseguiram fugir. O policial chegou a ser socorrido no Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu ao ferimento.

Ataques ordenados

O governo do Rio está em alerta desde ontem, dia em que iniciou a implantação da 38ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), na Vila Kennedy, zona oeste da cidade.

A Secretaria de Segurança foi informada pelos setores de inteligência da Polícia Federal, do Exército e da Marinha de que chefes da facção Comando Vermelho, detidos em presídios federais e em unidades no Estado, ordenaram uma série de ataques.

O esquema de segurança foi reforçado em delegacias, batalhões e UPPs. Suspeita-se que os criminosos detidos em presídios federais tenham usado advogados para transmitir as ordens, já que as unidades têm bloqueadores de celulares.

Segundo a investigação, a ordem dos criminosos não se restringe ao ataque a UPPs, como vem acontecendo nos últimos dias. Há determinação de ações contra policiais de folga e para que ônibus sejam incendiados.

A intenção seria espalhar o pânico no Rio, numa ação semelhante à praticada pela facção PCC, em São Paulo.

"Essas ações são um verdadeiro terrorismo contra o Estado, contra agentes públicos, contra policiais civis e militares que estão trabalhando para retirar pessoas que estão tiranizadas", declarou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

Desde sexta-feira da semana passada, quando começaram as ações para a implantação da UPP de Vila Kennedy, 80 pessoas foram presas e seis morreram em trocas de tiros, de acordo com balanço da secretaria.

Ontem, enquanto acompanhava a ocupação da região, às 4h, o secretário determinou outras 22 operações em diferentes pontos do Rio contra o Comando Vermelho.

A secretaria afirma que quatro traficantes do CV, soltos, seriam os articuladores dos ataques nas ruas: Cláudio José Fontarigo, 43, o Claudinho da Mineira; Ricardo Lima, 42, o Fu; Luís Cláudio Machado, 39, o Marreta; Bruno Eduardo Procópio, 33, Piná.

Claudinho e Fu chegaram a ser levados para presídios federais, mas foram beneficiados pela Justiça com o regime semiaberto e fugiram.

A polícia suspeita que a manifestação de moradores do Alemão na terça-feira e o ataque a policiais militares, no dia seguinte, estão nesse "pacote" de ataques. Anteontem, o governo chegou a afirmar que esses incidentes eram "fatos isolados".

Durante a ocupação da Vila Kennedy, policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) foram recebidos a tiros por traficantes da favela vizinha, a Vila Aliança. Ninguém ficou

ferido. Ao menos 300 policiais participaram da operação.

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