RIBEIRÃO PRETO, SP, 18 de dezembro (Folhapress) - Natália Mingoni Ponte, 29, mãe do menino Joaquim Ponte Marques, 3, está em São Paulo hoje para fazer exames psicológico e psiquiátrico a pedido da Polícia Civil de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
O padrasto do menino, Guilherme Raymo Longo, 28, considerado pela polícia como principal suspeito do crime, não passará pelos mesmos exames. A polícia tentou, mas o advogado dele, Antônio Carlos de Oliveira, afirmou que a corporação não tem autorização judicial para levá-lo até São Paulo.
Além disso, segundo o advogado, não há interesse por parte da defesa em submetê-lo a este exame.
Em Ribeirão Preto, Natália e Longo já passaram por entrevistas com a psicóloga Danielle Zeoti -a intenção da polícia era o de traçar um perfil psicológico do casal.
O corpo de Joaquim foi encontrado no dia 10 de novembro no rio Pardo, em Barretos (423 km de São Paulo), após cinco dias da comunicação de seu desaparecimento.
STJ nega habeas corpus
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou o pedido de habeas corpus a Longo feito pelo advogado dele, após Natália ter saído da cadeia pública de Franca (400 km de São Paulo). A defesa argumentou que o padrasto poderia ter o mesmo direito e que não há provas contra Longo.
Para o STJ, cabe ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decidir se o benefício dado a Natália pode se estender ao marido dela ou não. De acordo com o STJ, isso deve ser feito porque foi o TJ que concedeu a liberdade à mãe de Joaquim, após pedido feito pelo advogado Francisco Ângelo Carbone Sobrinho, que não atua no caso.
A instituição superior informou ainda que, em primeira instância, a liminar já havia sido negada a Longo e que não cabe revisar a decisão. O padrasto já teve dois outros pedidos de liberdade negados.
O inquérito sobre o caso deverá ser concluído pela polícia até amanhã. O delegado Paulo Henrique de Castro deve pedir a prisão preventiva de Longo e o indiciamento por homicídio triplamente qualificado. Já Natália não deverá ser indiciada pela polícia.
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