O corpo do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, está sendo velado no Cemitério Municipal de São Joaquim da Barra (SP), cidade natal da sua mãe, a psicóloga Natália Ponte, de 29 anos. O enterro está marcado para as 14 horas. Familiares, amigos e moradores lotam as dependências do cemitério. A mãe de Joaquim e o padrasto, Guilherme Longo, de 28 anos, foram impedidos pela Justiça de acompanhar o velório e o enterro. O casal está preso. O corpo do menino, que morava em Ribeirão Preto e estava desaparecido desde terça-feira, 5, foi encontrado no domingo, 10, boiando no Rio Pardo, em Barretos, no interior de São Paulo.
Velório do menino Joaquim Ponte Marques acontece em São Joaquim da Barra, cidade natal da mãe do garoto (Foto: Eduardo Guidini/G1)
No velório, alguns dos presentes ensaiam gritos de revolta, outros batem palmas e rezam. No caixão, que está lacrado, foi colocada uma foto do garoto. Necropsia feita pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Barretos comprovou que Joaquim foi jogado morto no Córrego Tanquinho. Seu pulmão não tinha água, o que descarta a possibilidade da morte por afogamento.
Há informações de que Natália estaria presa na cadeia feminina do Jardim Guanabara, em Franca (SP), e, chorando muito, teria dito a algumas detentas que não tinha nada a ver com a morte do filho e que a culpa seria do padrasto. A Justiça decretou na noite de domingo a prisão temporária de Natália e de Longo. O casal ficará preso por 30 dias.
Caso
No domingo o dono de um rancho localizou o corpo e chamou os Bombeiros. Uma das principais hipóteses é de que Joaquim tenha sido jogado no Córrego Tanquinho, que passa perto de sua casa e deságua no Rio Pardo. Como choveu muito durante a semana, o corpo teria sido levado até Barretos. A polícia quer descobrir a "mecânica do crime" a fim de esclarecer o caso.
Desde o início das buscas, a Polícia Civil vinha concentrando os trabalhos no Rio Pardo. A suspeita aumentou após um cão farejador da polícia apontar que o menino teria ido de sua casa até o córrego na companhia do padrasto. Ele, por sua vez, se defendeu dizendo que sempre ia ao córrego com o garoto e que, por isso, a descoberta não queria dizer nada.
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