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Assassino confesso de universitária circulou com o corpo no porta-malas de carro por três horas

Alcimar Alves, 44 anos, assassino confesso da universitária Pâmela Belarmino, de 19 anos, circulou com o corpo da vítima no porta-malas de seu carro por três horas antes de abandonar o cadáver na Praia da Ribeira, na Ilha. Ele contou a versão neste doming

Da Redação

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Pâmela foi morta porque rejeitou seu assassino Foto: Terceiro / Reprodução/Facebook
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Pâmela foi morta porque rejeitou seu assassino Foto: Terceiro / Reprodução/Facebook
Escrito por Da Redação
Publicado em 14.10.2013, 17:29:00 Editado em 27.04.2020, 20:23:28
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Alcimar Alves, 44 anos, assassino confesso da universitária Pâmela Belarmino, de 19 anos, circulou com o corpo da vítima no porta-malas de seu carro por três horas antes de abandonar o cadáver na Praia da Ribeira, na Ilha. Ele contou a versão neste domingo na Divisão de Homicídios (DH), logo após confessar o crime. A motivação foi a rejeição da jovem a suas tentativas de engatilhar um relacionamento amoroso com ela.

Em depoimento na DH, Alcimar — colega da vítima na Unisuam, em Bonsucesso — disse que, após deixar o campus da universidade, levou Pâmela a um apartamento e assediou a jovem. Após ser rejeitado, estrangulou-a. Depois, o homem pôs o corpo no porta-malas de seu carro e circulou pela cidade por cerca de 3h, antes de abandoná-lo na Praia da Ribeira.

A
lcimar confessou o crime na manhã de ontem, após quatro horas de depoimento. No dia anterior, a Justiça já havia decretado sua prisão temporária. O universitário se apresentou espontaneamente à DH por volta das 4h, mas não tinha a intenção de confessar o assassinato. Somente depois de se contradizer várias vezes admitiu ter matado a colega. Ele chegou a contar que os arranhões nos braços, provocados pelas unhas da vítima na luta contra o agressor, ocorreram enquanto consertava seu carro. Três parentes dele estiveram na DH, mas não quiseram se manifestar.

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A polícia não informou a localização do apartamento onde o crime ocorreu. Segundo agentes, o universitário, que é noivo, afirmou nunca ter se envolvido amorosamente com Pâmela, mas estava interessado por ela e pensou ser correspondido. Por isso, ficou furioso por ser rejeitado. Alcimar também se contradisse quando foi procurado por parentes da jovem.

Quando liguei, ele disse que esteve com ela na faculdade, mas depois ela ficou no ponto e ele foi embora. Quando a tia ligou, ele já estava mais nervoso. Disse que os dois tinham feito um lanche e que havia acompanhado Pâmela até o estacionamento, mas depois foi embora — disse um parente de Pâmela.

Alcimar ainda provocou revolta nas redes sociais por compartilhar uma foto da jovem em seu perfil no Facebook, sábado, por volta das 8h, quando o corpo de Pâmela já havia sido encontrado. Na postagem, havia dezenas de comentários pedindo justiça.

Em entrevista ao EXTRA, o pai da jovem, Luiz Claudio Belarmino, contou que sabia que Alcimar se insinuava para sua filha.

Ele (Alcimar) acabou com a nossa família. Agora, ela ia viajar para um congresso em São Paulo. Queria fazer intercâmbio nos Estados Unidos, estava no curso de Inglês, ia terminar a faculdade ano que vem. Era feliz, tranquila, equilibrada, cheia de planos e, infelizmente, aconteceu isso. Parece que ele se insinuava para ela. Como ele era uma pessoa aparentemente legal, ela levava na brincadeira. Ia disfarçando e contornava o assunto. Era isso que ela comentava com minha mulher, mas não namorava ele. Queria vê-lo, saber o que aconteceu, se foi isso mesmo que ocorreu — disse.

Crime indignou moradores da Ilha

Morador da Ilha desde que nasceu, o comerciante Gessé Henrique, de 51 anos, foi um dos moradores que viram o corpo de Pâmela na manhã de sábado. Ele abria seu quiosque de pescado, por volta das 6h, quando uma senhora avisou sobre uma pessoa desmaiada na praia:

— Ela estava de bruços. Assim que vi, imaginei que ela estivesse morta. Aqui é um lugar muito tranquilo. Nunca vi isso. Com certeza, só vieram deixar o corpo.

A polícia ainda não informou o horário que o corpo da jovem pode ter sido jogado na praia. Mas pessoas que trabalham próximo ao local de madrugada afirmam não ter visto qualquer movimentação suspeita.

— Rodo a noite toda com a van. Só paro às 6h, mas não vi nada de madrugada — contou um motorista.

O frentista Flávio da Silva, de 35 anos, trabalha num posto de gasolina a cem metros do local do crime. Ele também contou que a movimentação foi tranquila:

— Meu irmão trabalha das 22h às 6h. Eu cheguei aqui às 5h20 porque pego às 6h. Só soubemos do caso às 7h30m, quando vimos a polícia.

No enterro, ontem, no Cemitério de Irajá, a ex-professora de Pâmela Ana Lúcia Assis, de 35 anos, contou que Alcimar Alves tornou-se um suspeito pela forma como agiu com a família:

— A gente ligava para ele várias vezes e ele gaguejava para responder. Em nenhum momento perguntou se a gente tinha alguma notícia dela. É óbvio que, para nós, virou um suspeito porque foi a última pessoa que a viu.

Cerca de 300 pessoas compareceram ao sepultamento de Pâmela. Após a cerimônia, seus pais voltaram à Praia de Jequiá Ribeira, onde o corpo da universitária foi encontrado, e depositaram um buquê de flores. No sábado, seu pai já havia deixado flores no local.

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