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Nélida Piñon faz críticas veladas a Luiz Ruffato e a Paulo Coelho

Por Cassiano Elek Machado, Enviado especial FRANKFURT, ALEMANHA, 9 de outubro (Folhapress) - "Tenho dois princípios. Não falo mal do meu país fora das fronteiras brasileiras. E não critico meus colegas." Foi desta forma que a escritora Nélida Piñon sin

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.10.2013, 11:06:00 Editado em 27.04.2020, 20:23:42
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Por Cassiano Elek Machado, Enviado especial

FRANKFURT, ALEMANHA, 9 de outubro (Folhapress) - "Tenho dois princípios. Não falo mal do meu país fora das fronteiras brasileiras. E não critico meus colegas." Foi desta forma que a escritora Nélida Piñon sintetizou, na manhã de hoje, sua opinião sobre o discurso de Luiz Ruffato, feito na abertura da Feira de Livro de Frankfurt.

Piñon participou, no pavilhão brasileiro do evento alemão, de debate com o escritor Carlos Heitor Cony, colunista da Folha de S.Paulo.

O autor de "Quase Memória" evocou o maior autor da língua inglesa para tratar de outro ponto polêmico, as críticas que foram feitas à escolha dos autores da delegação brasileira. "Nos tempos de Shakespeare ninguém dava bola para ele", comentou Cony.

A colega de mesa, por sua vez, elogiou o time nacional. "A delegação brasileira está muito bem representada. Houve um propósito de escolher autores de vários grupos estéticos e gerações", disse, e, sem citar nomes, criticou Paulo Coelho. "Há quem queira ser um árbitro estético. Não há árbitros estéticos."

Ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Piñon homenageou um dos fundadores da casa, Machado de Assis, "um dos grandes nomes da literatura do século 19, que até recentemente ainda era muito pouco conhecido fora do país".

A atual presidente da ABL, Ana Maria Machado, que também discursou ontem na abertura oficial do evento, aplaudiu. Além dela, outros autores brasileiros, como a historiadora Mary del Priore e o crítico João Cezar de Castro Rocha, escutaram o debate, batizado "As Convergências da Memória".

"Toda a vida de uma figura de quem não se diz o nome por aqui, que é Hitler, foi produto de sua memória", disse Cony, que citou ainda Santo Agostinho: "Memória é a caverna da alma".

"Os homens são basicamente memória", complementou, antes de falar sobre alguns dos seus heróis da memória literária: Marcel Proust, James Joyce, Machado de Assis.

Nélida Piñon terminou a fala protestando contra o formato do evento."Não se deveria fazer leituras dos textos", disse, em referência ao fato de metade do painel com Cony, de duração total de uma hora, ter sido usado para que trechos de suas obras fossem apresentadas em traduções para o alemão. "Não faz sentido trazer figuras como Cony e a minha modesta pessoa para falarmos só uma linha ou outra".

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