No Ministério da Saúde não tem monotonia. A média recente tem sido de uma grande celeuma por semana. A discussão desta vez diz respeito à geração de bebês por portadores do vírus da Aids.
“Nós temos aí hoje, mais de duzentas mil pessoas [portadoras do vírus] em tratamento no Brasil. Eles querem constituir família e esse direito tem de ser garantido”, diz Mariângela Simão, Diretora de DST-Aids do ministério.
O governo esclarece que não se trata de “estimular” portadores do vírus HIV a terem filhos. Afinal, passa longe da política pública de saúde incentivar qualquer parcela da população brasileira à reprodução.
O ministério confirma que trabalha para padronizar o atendimento prestado pelos agentes públicos de saúde aos casais soropositivos. Com o aumento da expectativa de vida destas pessoas, em sua maioria jovens, os casais estáveis tendem a cumprir o desejo de ampliar a família – o que significa praticar sexo sem proteção. A questão tem implicações delicadas, e as autoridades de saúde já estão sendo atropeladas pela realidade. Em 2008, cerca de três mil mulheres soropositivas engravidaram. Se elas estiverem recebendo o tratamento adequado, segundo o ministério, a chance de gerarem bebês com o vírus é de menos de 1%.
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