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Hillary diz que programa nuclear do Irã representa risco global

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta segunda-feira que o Irã representa um risco para o mundo por causa de seu programa nuclear e deve ser responsabilizado.   "O Irã é o único país representado neste recinto que os membros

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.05.2010, 11:29:00 Editado em 27.04.2020, 21:02:13
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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta segunda-feira que o Irã representa um risco para o mundo por causa de seu programa nuclear e deve ser responsabilizado.

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"O Irã é o único país representado neste recinto que os membros da diretoria da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) consideraram estar em desacordo com suas obrigações de segurança nuclear", disse a secretária, diante de delegados de 189 países reunidos em Nova York para a conferência de revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).

"(O Irã) desafiou o Conselho de Segurança das Nações Unidas e a AIEA e colocou o futuro do regime de não-proliferação em risco, e é por isso que está enfrentando crescente isolamento e pressão por parte da comunidade internacional", disse Hillary.

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O discurso da secretária americana, pontuado por diversas críticas ao Irã, foi feito pouco depois da intervenção do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, único chefe de Estado presente na conferência.

Ahmadinejad acusou Estados nucleares de ameaçarem aqueles que não têm esse tipo de arsenal e que buscam desenvolver tecnologia nuclear pacífica.

Diante das declarações do líder iraniano, os delegados dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da França se retiraram do local em protesto.

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"Como todos vocês ouviram, o Irã fará o que puder para desviar a atenção de seu próprio histórico em uma tentativa de esquivar-se de responsabilidade", disse Hillary. “Mas não vai conseguir.”

Embate

O embate entre Estados Unidos e Irã marcou a abertura da conferência de revisão do TNP, que ocorre a cada cinco anos e se estende até o dia 28.

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Os Estados Unidos vêm pressionando por uma nova rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã, por causa da recusa do governo iraniano em interromper seu programa nuclear.

O argumento é o de que o Irã estaria secretamente planejando fabricar armas nucleares, alegação que é rejeitada pelo governo iraniano.

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As três rodadas de sanções anteriores não foram suficientes para convencer o Irã a interromper seu programa de enriquecimento de urânio.

O Irã diz que seu programa é pacífico e tem o objetivo de geração de energia.

Na abertura da conferência, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já havia pedido que o Irã “cumpra inteiramente” as resoluções do Conselho de Segurança e que Ahmadinejad atue de maneira construtiva e coopere com a AIEA.

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Arsenal americano

Ainda em seu discurso, Hillary anunciou que os Estados Unidos iriam divulgar o número de armas em seu arsenal nuclear, com o objetivo de aumentar a transparência no regime de desarmamento e encorajar outros países a fazer o mesmo.

Segundo dados divulgados pelo Departamento de Defesa pouco após o pronunciamento da secretária, os Estados Unidos têm 5.113 ogivas nucleares em seus estoques.

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"A partir de hoje, os Estados Unidos vão tornar público o número de armas nucleares em nossos estoques e o número de armas que desmontamos desde 1991", disse Hillary.

"Para aqueles que duvidam que os Estados Unidos irão fazer a sua parte no desarmamento, este é o nosso histórico, esse é o nosso comprometimento e eles enviam um sinal claro."

A questão nuclear vem ocupando lugar de destaque na agenda do presidente americano, Barack Obama.

No mês passado, foi realizada em Washington uma Cúpula de Segurança Nuclear, com a presença de representantes de 47 países, que se comprometeram em trabalhar para que todo o material nuclear vulnerável esteja protegido no prazo de quatro anos.

Obama também assinou com a Rússia um acordo bilateral de redução dos arsenais nucleares dos dois países, considerado o principal tratado do tipo em duas décadas.

Antes disso, o governo americano já havia anunciado uma nova estratégia de defesa, que restringe o uso de seu arsenal nuclear – embora abra exceção para países que "violem as regras", como Irã e Coreia do Norte.

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