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Com rap e carinho do público, artistas expõem nova Alemanha na Bienal

Por Adriano Barcelos RIO DE JANEIRO, RJ, 2 de setembro (Folhapress) - País homenageado da 16ª Bienal do Livro do Rio, a Alemanha dribla as barreiras da língua e conquista o público. Um exemplo do esmero alemão em expor sua cultura é o palco integrado a

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Publicado em 02.09.2013, 17:38:00 Editado em 27.04.2020, 20:25:17
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Por Adriano Barcelos

RIO DE JANEIRO, RJ, 2 de setembro (Folhapress) - País homenageado da 16ª Bienal do Livro do Rio, a Alemanha dribla as barreiras da língua e conquista o público. Um exemplo do esmero alemão em expor sua cultura é o palco integrado ao estande de 400 m2 montado no Riocentro, Barra da Tijuca, zona leste do Rio.

Para derrubar o estigma de que a cultura do país europeu se resume aos clássicos do romancismo do século 19, da música clássica ou da filosofia, a Alemanha trouxe talentos jovens como Bas Böttcher, um artista multiplataforma que combina poesia, música e interpretação.

Para superar as diferenças entre o idioma alemão e o português, Böttcher conta só com a simpatia e o apoio de uma tela de TV que exibe as legendas de seu rap de rimas intrincadas para o público brasileiro.

"A integração acontece em diferentes níveis, e num deles, por meio do ritmo. Eu conto com a empatia com o público para me fazer entender da melhor maneira possível", avalia Böttcher.

A poesia do artista alemão está registrada no livro "Bas", lançado no ano passado, mas é nas performances ao vivo que ele tem feito mais sucesso na Bienal do Rio. Ainda que o público não entenda por inteiro as rimas (que se perdem nas legendas em português), e que as poesias tratem de temas tão distantes da atmosfera carioca quanto o inverno em Berlim, a cada apresentação o poeta-rapper é requisitado por dezenas de novos fãs para fotos e autógrafos.

"Minha base é como letrista, eu escrevia músicas e era VJ. Para minha sorte, eu agora posso programar as legendas e ser eu mesmo o escritor, o diretor e o ator ao mesmo tempo. São três coisas em uma. Eu gosto disso porque me permite ser meu próprio chefe", brinca o alemão.

O estande da Alemanha está a cargo de Dieter Schmidt, que aproveita a chance de divulgar a cultura de seu país e promover a Feira do Livro de Frankfurt -a maior do mundo no segmento-, que ocorrerá em outubro e terá o Brasil como homenageado.

"As dificuldades se resumem não só à barreira da língua, mas também à distância que separa Brasil e Alemanha. Mas nós trouxemos nossa cultura aqui para reduzir essa distância", afirma.

Schmidt explica que a Alemanha quer mostrar no Rio uma face diferente de si mesma aos brasileiros. A visão estrangeira de que os alemães são sisudos ou pouco receptivos aos visitantes tem mudado muito nas últimas décadas na opinião dele.

"Somos um país hoje multicultural, que acolhe povos de outros pontos da Europa e mesmo da África, da Ásia e da América Latino. Isso faz de nós mais ricos, o que é maravilhoso", completa.

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