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População brasileira chega a 200 milhões, mas terá declínio em 30 anos

Por Pedro Soares RIO DE JANEIRO, RJ, 29 de agosto (Folhapress) - A um ano da Copa de 2014, já somos mais de 200 milhões brasileiros "em ação". A projeção oficial da população do IBGE, divulgada hoje, estimou 201.032.714 de pessoas vivendo no país. Pela

Da Redação

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Publicado em 29.08.2013, 10:21:00 Editado em 27.04.2020, 20:25:28
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Por Pedro Soares

RIO DE JANEIRO, RJ, 29 de agosto (Folhapress) - A um ano da Copa de 2014, já somos mais de 200 milhões brasileiros "em ação". A projeção oficial da população do IBGE, divulgada hoje, estimou 201.032.714 de pessoas vivendo no país. Pela primeira vez, a marca de 200 milhões foi superada -a cifra era de 199.242.462 em 2012.

O Estado de São Paulo continua sendo o mais populoso do país, com 43.663.672 habitantes. Na sequência aparecem Minas Gerais (20.593.966) e Rio de Janeiro (16.369.178).

Já o Estado menos populoso do país é Roraima, com 488.072 habitantes.

O crescimento populacional brasileiro está, porém, com os anos contados. O instituto prevê que o número de habitantes crescerá até 2042, quando a estimativa aponta para um total 228,4 milhões de pessoas. A partir de então, o contingente populacional se reduzirá gradualmente até chegar a 218,8 milhões em 2060, mesma cifra estimada para a população brasileira de 2025.

Embora a inversão da curva de crescimento da população só ocorra em 29 anos, o Brasil já vive há décadas um declínio contínuo do ritmo de crescimento da população, decorrente principalmente do fato de que as mulheres têm cada vez menos filhos.

Em 2013, a taxa de natalidade ficou em 1,77 filho por mulher -em 2000, por exemplo, estava em 2,39 filhos. Desde 2007, o número já é menor do que o necessário para repor a população -um casal tem de ter, ao menos, duas crianças para "substituí-los".

"A redução esperada do nível de crescimento da população é decorrente, principalmente, da queda do número médio de filhos por mulher, que vem decrescendo desde a década de 1970", diz o IBGE.

Essa redução da taxa de natalidade se acentuará ainda mais, segundo a projeção do IBGE. Cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, as mulheres terão ainda menos filhos no futuro e vão postergar ainda mais maternidade, segundo o estudo. A previsão é de uma taxa de fecundidade em torno de 1,5 a partir de 2030 e um aumento da idade média para as mulheres se tornarem mães -de 26,9 anos, em 2013 para 29,3, em 2030.

"O papel da mulher mudou e elas estão mais presentes no mercado de trabalho. A maternidade já não tem o mesmo valor na sociedade que tinha há 20 ou 30 anos atrás", diz Ana Amélia Camarano, demógrafa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Camarano aposta que a população brasileira começará a se reduzir ainda mais cedo do que aponta o estudo do IBGE, por volta de 2030, em razão especialmente desta menor fecundidade.

Ela aponta ainda que o Brasil terá de enfrentar no curto prazo os problemas causados por esta redução populacional, o enfraquecimento da economia. "Isso é um problema. Um país que perde população é o mesmo que uma sociedade em decadência. Há perda de poder econômico, menos pessoas em idade para trabalhar, para pagar impostos e para manter a Previdência dos mais velhos", diz a demógrafa do Ipea.

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