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Justiça aceita denúncia de pedofilia contra o padre Dé

A Justiça de Franca, a 400 km de São Paulo, aceitou nesta quinta-feira (29) a denúncia de pedofilia feita pelo Ministério Público contra o padre José Afonso Dé, de 74 anos, que durante muitos anos trabalhou na Paróquia Cristo Rei, no Jardim Diamantina

Da Redação

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“Eu sou inocente dessa acusação", garante o padre Dé
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“Eu sou inocente dessa acusação", garante o padre Dé
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.04.2010, 15:14:00 Editado em 27.04.2020, 21:02:24
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A Justiça de Franca, a 400 km de São Paulo, aceitou nesta quinta-feira (29) a denúncia de pedofilia feita pelo Ministério Público contra o padre José Afonso Dé, de 74 anos, que durante muitos anos trabalhou na Paróquia Cristo Rei, no Jardim Diamantina (região Norte de Apucarana). A informação é da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

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O sacerdote, que está afastado de suas funções na Igreja Católica, é acusado de abusar sexualmente de adolescentes em Franca, no estado de São Paulo, e em Carpinópolis, interior de Minas Gerais, em 2010, 2009, 2001 e 1995. As supostas vítimas são oito coroinhas e ex-seminaristas que tinham idades entre 12 e 16 anos quando teriam sido molestados. O pároco nega o crime. Em entrevista ao G1, ele refutou os abusos. “Eu sou inocente dessa acusação. Nunca cometi nenhum abuso sexual com ninguém.”

O advogado do padre, Eduardo Caleiro Palma, foi procurado no início da tarde para falar sobre a denúncia aceita pela Justiça, mas não foi localizado.

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De acordo com o TJ, o juiz Wagner Carvalho Lima informou que não poderia comentar o caso porque o processo está em segredo de Justiça. Após ser citado oficialmente, o padre terá cerca dez dias para apresentar sua defesa por escrito. O juiz ainda irá definir as datas da audiência para ouvir as testemunhas de defesa e acusação. Depois disso, deverá marcar o julgamento.

A denúncia foi feita pelo promotor José Lourenço Alves após conclusão do inquérito da Polícia Civil. Dé foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável (no caso dos menores de 14 anos) e atentado violento ao pudor mediante fraude (para as supostas vítimas acima de 14 anos).

Nos depoimentos, as vítimas relataram que o sacerdote as beijava e tocava em seus órgãos sexuais na sacristia e na casa do padre. Dé nega as acusações. “Eu sou inocente”, disse o sacerdote. Mesmo assim, ele foi afastado pelo bispo de Franca de suas funções na paróquia onde celebrava missas.

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CPI da Pedofilia

O senador Magno Malta, presidente da CPI da Pedofilia, afirmou na quarta-feira (28) que convocou o padre Dé e suas supostas vítimas para serem ouvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito.

“Ele [Padre Dé] vai ser ouvido. Vai ser convocado hoje [quarta]. A presença dele é obrigatória. Também convidamos todas as vítimas a participar da CPI”, afirmou o senador Magno Malta por telefone ao G1. O parlamentar disse que a data e o local dos depoimentos ainda não foram definidos. “Pode ser em Brasília ou mesmo em Franca. Vamos estudar o que será melhor.”

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De acordo com Malta, existe a possibilidade de se pedir uma acareação entre o padre Dé e as supostas vítimas. A CPI da Pedofilia foi criada para combater crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

Caso seja condenado, o padre pode pegar pena de entre 6 e 20 anos, reduzida à metade por ele ter mais de 70 anos. O caso chegou à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em meados de março, após denúncia ao Conselho Tutelar do município.

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