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Menina ativista paquistanesa diz que Taleban não vai silenciá-la

SÃO PAULO, SP, 12 de julho (Folhapress) - A ativista paquistanesa Malala Yousafzai, 16, afirmou hoje que não será silenciada pelo Taleban, em seu primeiro discurso na ONU (Organização das Nações Unidas) após ser baleada por um insurgente ao sair da esc

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.07.2013, 15:08:00 Editado em 27.04.2020, 20:27:31
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SÃO PAULO, SP, 12 de julho (Folhapress) - A ativista paquistanesa Malala Yousafzai, 16, afirmou hoje que não será silenciada pelo Taleban, em seu primeiro discurso na ONU (Organização das Nações Unidas) após ser baleada por um insurgente ao sair da escola no vale de Swat, no norte do Paquistão.

Malala ficou famosa quando, aos 11 anos de idade, começou a denunciar abusos do Taleban, como incêndios em escolas de meninas e morte de opositores no vale de Swat. Devido ao trabalho, a jovem recebeu prêmios diversos, incluindo o Prêmio Nacional da Paz, a honraria mais elevada do governo do Paquistão.

As denúncias fizeram com que fosse perseguida pela entidade até que foi baleada em 9 de outubro, quando seguia da escola para casa. Ela foi transferida para um hospital militar na Inglaterra, onde ficou quatro meses internada.

Hoje, ela comemorou seus 16 anos em uma apresentação no plenário da Assembleia de Jovens da ONU, em Nova York. Aclamada pelo público, afirmou que continuará seu trabalho para promover a educação das meninas paquistanesas, reprimidas pelas famílias e o Taleban paquistanês.

"Os terroristas pensaram que eles mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na minha vida, com exceção disto: a fraqueza, o medo e a falta de esperança morreram. A força, o poder e a coragem nasceram".

Malala vestia um véu rosa e um xale que eram da líder paquistanesa Benazir Bhutto, morta em 2008 em um ataque e disse não quer se vingar do atirador taleban. "Eu quero educação para os filhos e filhas dos talebans e de todos os terroristas e extremistas. Mesmo que houvesse uma arma na minha mão e ele ficasse na minha frente, eu não atiraria nele".

Para ela, os extremistas têm medo de livros e canetas e das mulheres. "Deixem-nos pegar nossos livros e canetas. Eles são nossa arma mais poderosa. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. Educação é a única solução", disse.

Após ser baleada, Malala ganhou mais reconhecimento internacional. A revista Time a nomeou, em abril passado, como uma das pessoas mais influentes de 2013 e ela já assinou um contrato de US$ 3 milhões (R$ 6,9 milhões) por sua biografia.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e outros líderes de alto escalão também elogiaram suas ações e conquistas. Malala agora é considerada uma forte aspirante a receber o prêmio Nobel da Paz. O grupo Taleban deixou claro, no entanto, que ela continua sendo um alvo.

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