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Ministro diz que informações estratégicas não são tratadas por email

Por Fernanda Odilla BRASÍLIA, DF, 11 de julho (Folhapress) - Ciente das fragilidades e vulnerabilidades dos sistemas e redes de computadores, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) afirmou hoje que informações estratégicas para o governo brasileiro n

Da Redação

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Publicado em 11.07.2013, 12:32:00 Editado em 27.04.2020, 20:27:34
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Por Fernanda Odilla

BRASÍLIA, DF, 11 de julho (Folhapress) - Ciente das fragilidades e vulnerabilidades dos sistemas e redes de computadores, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) afirmou hoje que informações estratégicas para o governo brasileiro não são tratadas por email.

"Vai mandar um email secreto para um colega? Pode tirar o cavalinho da chuva. Vai mandar pelo Gmail? Já vai a copia para lá...", disse o ministro durante audiência da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Ele foi convocado para comentar sobre as denúncias de interceptação de dados de brasileiros pelo governo dos EUA, por meio de redes sociais, e-mails e programas de busca como Google.

As revelações de espionagem no Brasil foram feitas pelo jornal "O Globo" com base em informações do ex-técnico da CIA Edward Snowden.

Questionado sobre o risco de informações de empresas como a Petrobras terem sido monitoradas, Bernardo disse que o governo tem "uma preocupação enorme de vazamento de informações estratégicas".

Ele disse ainda que assuntos relevantes não são mandados por email e ficam armazenados em computadores não conectados à internet.

Sobre a denúncia de espionagem dos norte-americanos, segundo Paulo Bernardo, o que mais preocupa o governo é a possibilidade de empresas brasileiras terem repassado informações sigilosas e a existência de uma base dos EUA de coletas de dados no Brasil.

"Acho difícil que as empresas brasileiras estejam envolvidas nisso porque teria vazado antes. Mas, se houve participação, o inquérito [da Polícia Federal] vai responder. Não temos nenhum fato além da noticia do jornal que mostram isso", disse o ministro.

No entanto, ele admitiu que teles nacionais com convênios com companhias estrangeiras expõe dados porque passam por portões internacionais, via cabos submarinos ou satélites. O custo relacionado ao trânsito internacional entre computadores para empresas brasileiras é de US$ 650 milhões por ano.

Paulo Bernardo ponderou, contudo, que as empresas brasileiras jamais vão admitir que colaboraram com o esquema de espionagem dos EUA. "Não vão dizer que cometeram crime", disse.

Para diminuir a vulnerabilidade do Brasil, está prevista a contratação de um satélite geoestacionário de defesa de comunicações estratégicas com lançamento marcado para 2015 e que será operado pelas Forças Armadas.

De acordo com ministro, o satélite evitará que o tráfego de comunicações governamentais saia da esfera do governo. O Brasil discute ainda a construção de cabos submarinos próprios para a África e Europa e de um anel ótico para a América do Sul.

No campo internacional o Brasil defende descentralizar das mãos dos EUA a governança da internet.

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