BRASÍLIA, DF, 8 de julho (Folhapress) - A presidente Dilma Rousseff usou seu discurso durante o anúncio de seu programa para ampliação do número de médicos no sistema público hoje para rebater críticas da classe médica. Ela afirmou também que o governo não vai priorizar a contratação de médicos estrangeiros em detrimento daqueles formados no Brasil.
As críticas motivaram uma série de manifestações da categoria pelo país nas últimas semanas. Os atos atacaram infraestrutura e baixos salários -reforçados pela presidente também como investimentos prioritários-, mas sobretudo contra a priorização de mão de obra estrangeira.
Segundo Dilma, o programa "não tem como principal objetivo trazer mais médicos do exterior, mas sim levar mais saúde para o interior do Brasil".
"Até que tudo isso aconteça, eu pergunto a vocês e pergunto a todos os brasileiros que nos assistem neste momento: quem vai atender aos brasileiros que não têm acesso médico até que todo esse processo amadureça e aconteça? Estou falando do agora, dos próximos meses, porque é com isso que o governo tem de se preocupar, com o que vai acontecer mais na frente e o que vai acontecer agora. Estou falando da justa e inquestionável reclamação dos brasileiros por uma saúde pública melhor agora", completou Dilma.
A presidente insistiu que "o conhecimento profissional, o contato humano, a boa orientação, são atitudes que estão acima de tudo". "Valem mais do que máquina de última geração", disse.
"Não se pode obrigar um médico que prefere viver na capital a ir para o interior. Não se pode fazer isso. Mesmo que possamos oferecer toda a estrutura necessária e uma boa remuneração. O profissional de saúde tem o direito de trabalhar onde quiser, de viver com sua família onde preferir, e de fazer o tipo de medicina que escolheu como melhor para sua carreira", afirmou a presidente.
Escrito por Da Redação
Publicado em 08.07.2013, 20:08:00 Editado em 27.04.2020, 20:27:41
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