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MC morto durante show é enterrado na zona leste

SÃO PAULO, SP, 8 de julho (Folhapress) - O corpo do funkeiro Daniel Pedreira Sena Pellegrine, 20, o MC Daleste, morto quando cantava em uma festa junina em Campinas (a 93 km de São Paulo) foi enterrado na manhã de hoje. A cerimônia ocorreu por volta da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.07.2013, 10:37:00 Editado em 27.04.2020, 20:27:42
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SÃO PAULO, SP, 8 de julho (Folhapress) - O corpo do funkeiro Daniel Pedreira Sena Pellegrine, 20, o MC Daleste, morto quando cantava em uma festa junina em Campinas (a 93 km de São Paulo) foi enterrado na manhã de hoje. A cerimônia ocorreu por volta das 9h, no cemitério Vila Formosa, na zona leste da capital paulista.

O velório começou na tarde de ontem. Desde então, centenas de fãs e familiares do cantor passaram pelo local.

O cantor morreu após levar um tiro na barriga enquanto cantava em uma festa junina, no bairro CDHU San Martin. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), ele falava com o público que assistia ao show quando foi atingido pelo disparo e caiu no palco. Nenhum suspeito de cometer o crime foi preso, segundo a polícia.

Ele foi ferido por volta das 22h40. Vídeos postados por fãs do MC na internet supostamente mostram o momento em que ele é baleado.

Daleste foi levado por membros de sua equipe ao pronto-socorro do Hospital Municipal de Paulínia, região de Campinas. Ele chegou a ser entubado e encaminhado para o centro cirúrgico, mas não resistiu e morreu à 0h55, informou a assessoria do hospital.

A Delegacia de Homicídios da Seccional de Campinas informou no início da noite de ontem que já recebeu outras imagens de pessoas que gravavam o show no momento em que o cantor foi baleado. As imagens foram enviadas ao IC (Instituto de Criminalística) para perícia.

O cantor MC Daleste foi baleado cerca de dez minutos após subir ao palco. Houve dois disparos: um que não acertou ninguém e varou a parte de trás do trailer em que ele cantava e outro que acertou MC Daleste no abdômen. O tempo entre um tiro e outro foi de cerca de dois minutos, segundo a polícia.

Pessoas que estavam no show acharam que o estampido do primeiro tiro era uma bombinha ou um tiro para o alto. Quando a segunda bala acertou o cantor, demoraram a entender o que estava acontecendo. "Depois, todo mundo começou a correr desesperado", disse uma garota de 16 anos que estava próxima ao palco.

A reportagem apurou que o crime pode ter sido sido encomendado --não se sabe ao certo o motivo. Segundo pessoas que presenciaram o crime, Daleste criou desavenças na cidade em outras apresentações. Ele fez pelo menos outros três shows na região neste ano.

Havia mais de mil pessoas no show, segundo a produção, e cerca de 4.000 em toda a festa junina, de acordo com a organização. Não havia policiamento no local e uma equipe da Força Tática chegou só depois que o cantor já tinha sido levado para o hospital.

Marcelo de Souza, 29, cunhado e produtor de MC Daleste, disse que "está todo mundo tentando encontrar uma resposta para o que aconteceu". "Ele era um menino novo que não tinha briga com ninguém. Não tem explicação."

"Tem várias versões [para o crime]. Tem gente que diz que era por causa de mulher, outros que dizem que o alvo era outra pessoa que estava no palco e até quem fale que foi a polícia."

Uma equipe do IC (Instituto de Criminalística) esteve no local na manhã de ontem. O caso foi registrado como homicídio no 4º DP (Taquaral), mas o B.O. será transferido para o 7º DP (Barão Geraldo), responsável pela região onde o crime ocorreu.

Pancadão paulista

O MC Daleste iniciou sua carreira no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo. As letras de suas canções são voltadas para o "pancadão paulista" ou "funk ostentação", que deixou de lado os temas como preocupação social para dar lugar às grifes, roupas de marca, carros de luxo, bebidas, dinheiro e mulheres.

Em um dos trechos da música "Angra dos Reis", por exemplo, o MC afirma: "Sem caôzadinha, eu quero paz e money, se eles tiram onda, eu tiro tsunami. Som no último volume, zé povinho fica brabo. Nasci pra ser patrão, nunca vou vira funcionário. No peão ali em Angra fiz mais de 10 mil em compra, de onde o cifrão vem não é da sua conta".

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