Com atraso de mais de dois meses, o Irã aceitou dar aos monitores da ONU mais acesso ao local onde o país começou a enriquecer urânio a 20%, disseram diplomatas nesta sexta-feira (23).
As fontes revelaram que a medida deveria ter sido tomada assim que o Irã começou a enriquecer urânio, em fevereiro. O enriquecimento começou antes que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aumentasse sua vigilância no local.
O embaixador do Irã junto ao órgão, Ali Asghar Soltanieh, confirmou que o país vai permitir as inspeções.
- Em princípio, sim, concordamos em assegurar que solicitações legítimas e tecnicamente justificadas da AIEA sejam atendidas.
Suspeitando de que a real intenção do Irã seja desenvolver armas nucleares, potências ocidentais dizem que a nova fase do enriquecimento é provocativa e merece ser respondida com sanções da ONU.
O Irã diz que passou a enriquecer urânio a 20% para alimentar um reator de pesquisas médicas em Teerã. Para desenvolver armas nucleares, o país teria de purificar o material a mais de 90%. A República Islâmica assegura que seu programa nuclear está voltado para fins pacíficos.
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