O presidente deposto do Quirguistão, Kurmanbek Bakiyev, está em Bielo-Rússia, disse o presidente deste país, Alexander Lukashenko, nesta terça-feira, 20. Bakiyev foi para o Casaquistão poucos dias depois dos violentos protestos de 7 de abril na capital quirguiz, Bishkek, mas na segunda-feira foi anunciado que ele havia deixado o país.
Lukashenko anunciou que ele cuidou pessoalmente da chegada de Bakiyev a Minsk, capital bielo-russa. "O presidente Bakiyev e sua família estão em Minsk sob proteção de nosso Estado", disse o mandatário ao Parlamento, acrescentando que seus "hóspedes" estava passando por exames médicos.
A presença de Bakiyev na Bielo-Rússia pode piorar as já estremecidas relações do país com o Ocidente e com a Rússia. Lukashenko também ordenou o envio de alimentos para o Quirguistão, o país mais pobre da Ásia Central onde a pobreza contribui para tensões políticas.
Bakiyev foi deposto no dia 7 de abril quando manifestantes iniciaram protestos violentos contra a Polícia em Bishkek. Ao menos 83 pessoas morreram, centenas ficaram feridas e vários prédios do governo foram depredados ou incendiados. Desde então, o governo interino toma conta do país, liderado por Roza Otunbayeva.
As autoridades provisórias do Quirguistão informaram que Bakiyev será preso se retornar ao país. Segundo os membros do governo interino, ele só pode voltar sob condições de prisioneiro.
Segurança dos russos
O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, ordenou nesta terça que o Ministério da Defesa se responsabilize pela segurança dos russos no Quirguistão depois que conflitos étnicos ocorreram por conta de disputas de terras no país, segundoa a agência Interfax.
Não ficou claro quais as medidas que a Rússia tomaria. Moscou mantém uma base militar no Quirguistão, que por sua vez está situado em uma região da Ásia considerada como zona de influência russa.
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