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ONU condena estrangeiros em combates

Por Diogo Bercito e Isabel Fleck SÃO PAULO, SP, 29 de maio (Folhapress) - O Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou uma resolução hoje condenando a participação de "combatentes estrangeiros" na operação de tropas do

Da Redação

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Publicado em 29.05.2013, 16:30:00 Editado em 27.04.2020, 20:29:32
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Por Diogo Bercito e Isabel Fleck

SÃO PAULO, SP, 29 de maio (Folhapress) - O Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou uma resolução hoje condenando a participação de "combatentes estrangeiros" na operação de tropas do regime sírio na cidade de Quseir, na região central da Síria.

O texto não menciona diretamente quem seriam os estrangeiros, mas é uma alusão ao grupo radical libanês Hizbollah que, segundo diplomatas franceses, enviou 4 mil combatentes à cidade. Os militantes assumiram o envio, mas disseram que era para proteger as cidades libanesas que ficam na fronteira do país.

Ativistas da oposição síria dizem, no entanto, que os libaneses fazem parte do cerco a Quseir que, em nove dias deixou centenas de mortos e provocou a saída de mais de 25 mil moradores. A resolução, no entanto, não tem poder para aplicar sanções, atribuição exclusiva do Conselho de Segurança.

A medida foi aprovada por representantes de 36 países e rejeitada só pela Venezuela, aliada de Damasco. Outros oito países - Angola, Equador, Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Filipinas e Uganda - se abstiveram na votação. O Brasil votou a favor.

O conselho diz que a intervenção causa um "impacto negativo" no Oriente Médio e enfatiza a necessidade de garantir que os responsáveis pelas ações em Qusair prestem contas à Justiça por seus atos e decisões. O texto ainda pede acesso das agências humanitárias da ONU às zonas de guerra.

O documento foi criado por iniciativa de Qatar, Turquia e Estados Unidos, países que apoiam abertamente a oposição síria. A resolução gerou fortes críticas de Irã, China e Rússia, aliados de Assad, por não fazer menção aos rebeldes.

Hizbullah

Hoje, o Hizbullah enviou reforços a Qusair, para continuar os combates contra os rebeldes sírios. A decisão é tomada um dia após o ultimato do Exército Livre Sírio, uma das principais milícias opositoras. O chefe militar do grupo sírio havia prometido atacar o Líbano caso não fosse atendido.

O regime de Assad tem interesse especial na cidade por ser a ligação entre sua fortaleza, Damasco, e a costa do Mediterrâneo - região base da população alauita, minoria que compõe o governo.

Segundo um ativista ouvido pela rede de televisão Al Jazeera, houve seis bombardeios a Qusayr durante esta manhã. Dezenas de tanques e de veículos armados foram vistos a caminho dessa cidade.

Insurgentes avaliam que o regime de Assad está preparando uma nova ofensiva a Qusayr. A cidade, que permaneceu por meses nas mãos de rebeldes, agora tem grandes áreas sob o domínio do ditador. Há controvérsia sobre o quanto resta sob o controle da insurgência.

O conflito na Síria foi iniciado em março de 2011, com manifestações pacíficas. A ONU estima que mais de 80 mil pessoas já tenham sido mortas em enfrentamentos.

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