SÃO PAULO, SP, 28 de maio (Folhapress) - Os motoristas de ônibus de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) decidiram entrar em greve a partir da 0h da próxima segunda-feira. A paralisação é para forçar a negociação salarial, cuja data-base é 1º de maio.
A decisão foi tomada hoje em assembleia no Sindicato dos Motoristas do Transporte Urbano de Ribeirão Preto. Esta será a segunda paralisação da categoria neste ano, já que, em janeiro, houve outra greve na cidade.
O presidente do sindicato, João Henrique Bueno, diz que as negociações salariais não avançam. "Já fizemos quatro reuniões com os patrões e eles oferecem 0%. Dizem que a planilha da nova concessão está defasada e não têm como dar aumento", afirma.
Os motoristas pedem reajuste de 16% no salário (6% de reposição da inflação e 10% de aumento real), aumento do prêmio concedido para o motorista cobrar as passagens de R$ 269 para R$ 500, aumento do vale-alimentação de R$ 430 para R$ 500 e participação nos lucros de R$ 600.
Também pleiteiam o cumprimento da jornada fracionada, que é uma parada de dez minutos ao completar o trajeto. Bueno afirma que o descanso não é cumprido devido ao trânsito e ao fato de os motoristas também cobrarem a passagem.
Em Ribeirão Preto, não há cobradores de ônibus, apesar de a prefeita Dárcy Vera (PSD) ter prometido, em campanha eleitoral de 2008, que esse profissionais voltariam a atuar no município.
A assessoria de imprensa do Consórcio Pró-Urbano, que tem a concessão do transporte coletivo em Ribeirão, diz que não vai se pronunciar até ser notificado sobre a greve.
Em janeiro, houve paralisação para reivindicar locais para refeições e banheiros e horários adequados para alimentação. Após dois dias de paralisação, a categoria entrou em acordo com as empresas de ônibus.
No ano passado, após três dias de greve, os motoristas conseguiram, em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, reajuste de 7%.
Escrito por Da Redação
Publicado em 28.05.2013, 18:47:00 Editado em 27.04.2020, 20:29:35
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