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Ai Weiwei dramatiza sua prisão em clipe

Por Silas Martí SÃO PAULO, SP, 22 de maio (Folhapress) - Dois anos depois de passar quase três meses preso, o artista e ativista chinês Ai Weiwei dramatiza suas memórias do cárcere num videoclipe heavy metal -sua estreia na música e primeira faixa de u

Da Redação

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Publicado em 22.05.2013, 15:32:00 Editado em 27.04.2020, 20:29:53
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Por Silas Martí

SÃO PAULO, SP, 22 de maio (Folhapress) - Dois anos depois de passar quase três meses preso, o artista e ativista chinês Ai Weiwei dramatiza suas memórias do cárcere num videoclipe heavy metal -sua estreia na música e primeira faixa de um disco que sai em junho.

Em 2011, Ai foi detido sem maiores explicações do regime comunista chinês e depois acusado de sonegação fiscal e até por suposto envolvimento com pornografia.

Solto, o artista foi proibido de usar o Twitter, seu maior meio de comunicação com o Ocidente, e também teve suas viagens ao exterior restritas.

No clipe de "Dumbass", algo como idiota, termo escolhido por jornais de língua inglesa para uma palavra "bem mais ofensiva" em chinês, Ai recriou nos mínimos detalhes a sala de detenção onde ficou.

Dirigido pelo australiano Christopher Doyle, que já trabalhou com Wong Kar-wai e Zhang Yimou, o vídeo mostra o artista tomando banho observado pelos guardas, comendo e descansando.

Nas cenas finais, Ai diz ter traduzido as fantasias dos guardas, que, segundo ele, vivem como prisioneiros ali, sem nunca deixar a cadeia. Mulheres desfilam de lingerie, e um vaso sanitário aparece infestado de caranguejos -o nome do bicho é parecido com a palavra chinesa para "harmonia", termo usado à exaustão na propaganda do Partido Comunista.

Escrita em chinês, a música de Ai critica até mesmo os esforços de intelectuais que tentam bater de frente contra restrições à liberdade de expressão no país. "Fique na linha de frente como um idiota, num país que se oferece a todos como uma prostituta", diz um dos versos da música.

Mais famoso e polêmico artista chinês, Ai Weiwei, que teve uma exposição neste ano no Museu da Imagem e do Som, compra uma nova briga com as autoridades e mostra, pelo teor explícito da obra, que não teme nada.

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