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Turistas dizem estar insatisfeitos com novas regras do Cristo Redentor

Por Diana Brito RIO DE JANEIRO, RJ, 21 de maio (Folhapress) - O primeiro dia de implantação das novas regras municipais de acesso ao Cristo Redentor, no Cosme Velho, zona sul do Rio, foi marcado por reclamações de turistas. A mudança partiu de um decre

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Publicado em 21.05.2013, 19:46:00 Editado em 27.04.2020, 20:29:55
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Por Diana Brito

RIO DE JANEIRO, RJ, 21 de maio (Folhapress) - O primeiro dia de implantação das novas regras municipais de acesso ao Cristo Redentor, no Cosme Velho, zona sul do Rio, foi marcado por reclamações de turistas. A mudança partiu de um decreto do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), divulgado no dia 1º, no "Diário Oficial" do município.

Desde então, os visitantes que quiserem ir ao Cristo no trenzinho do Corcovado, que parte do Cosme Velho, devem comprar um voucher pelo site do Corcovado com data e hora marcada para, depois, trocá-lo por um bilhete na entrada da linha férrea. Ficou proibida a venda de ingressos na estação do Cosme Velho e no Hotel das Paineiras.

As alterações acontecem às vésperas da Jornada Mundial da Juventude - evento católico que reunirá cerca de 2 milhões de pessoas na cidade, entre os dias 23 e 28 de julho. Insatisfeitos, visitantes disseram ontem à reportagem que as alterações provocam "desconforto e perda de tempo".

"Fiquei frustrado porque queria visitar o Cristo de trenzinho, e não vou mais. É uma sensação de desconforto pela falta de entendimento. Não tenho como imprimir esse voucher agora e devo ir embora hoje [ontem]", disse Tiago Faco, 27, que tentava ir pela primeira vez ao monumento.

Surpresos ao se depararem com a bilheteria fechada, turistas se amontoavam na entrada do Trem do Corcovado enquanto recebiam coordenadas de funcionários da Riotur para seguirem de van até o largo do Machado. Avisos colados no vidro do balcão de atendimento alertavam sobre o novo decreto.

"Essa mudança é ruim para o turista porque perdemos tempo e dinheiro. Nós tivemos que ir a uma loja imprimir o voucher do bilhete e pagar por esse serviço. Isso só favorece os estabelecimentos do entorno", disse a turista argentina Gisele Renzi, 38, que estava num grupo com outros nove estrangeiros.

Hoje, durante todo o dia, dezenas de visitantes que tentavam comprar bilhetes para o trenzinho do Corcovado foram transportados em três vans - fornecidas gratuitamente, com dinheiro público do governo municipal - para o largo do Machado. Lá, eles compravam a passagem num guichê da prefeitura para seguir em vans autorizadas até o monumento, nas Paineiras.

Além de serem direcionados a pegar às vans da prefeitura, os visitantes também recebiam a informação de que um restaurante da região oferecia o serviço de impressão do voucher.

O presidente do Trem do Corcovado, Sávio Neves, disse que vende 3 mil ingressos por dia para o trenzinho, mas com a mudança apenas 10% desse total foi repassado (cerca de 300). O prejuízo estimado ontem foi de R$ 108 mil. "A gente espera que prevaleça o bom senso e a prefeitura volte atrás", disse Neves.

Se a medida não for revista, o advogado da Esfeco (Estrada de Ferro do Corcovado), Philip Fletcher, afirmou que estuda entrar com ação judicial que busca liminar para suspender a eficácia do decreto municipal.

As vans credenciadas partem apenas do largo do Machado (zona sul) para o ponto turístico. Segundo o secretário de governo do Rio, Rodrigo Bethlem, se o novo esquema funcionar, há planos para instalação de novo ponto de vans na praça Maria Auxiliadora, em frente ao Clube do Flamengo, no Leblon, também na zona sul.

A prefeitura diz que o novo ponto de vans é uma tentativa de facilitar a chegada do visitante, além de ordenar o entorno do ponto turístico. O serviço será prestado pela concessão federal "Paineiras Corcovado".

"Vamos acompanhar o movimento no Cristo ao longo da semana. Se preciso, reajustes podem ser feitos", disse Bethlem.

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