O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e outros líderes mundiais, cancelaram presença no enterro do presidente polonês Lech Kaczynski e sua mulher, Maria, mortos no sábado passado em um acidente de avião.
Em uma mensagem endereçada ao presidente polonês interino, Bronislaw Komorowski - o líder da câmara baixa do Parlamento polonês -, Obama falou que lamenta que a nuvem de cinza vulcânica que se espalha sobre a Europa o tenha obrigado a cancelar sua viagem.
Anúncios semelhantes foram feitos pela chanceler alemã, Angela Merkel, o príncipe Charles, da Grã-Bretanha e os reis da Suécia, Espanha e Noruega.
Merkel já havia passado 36 horas tentando chegar a Berlim, depois de partir de São Francisco, nos Estados Unidos.
Neste sábado, milhares de pessoas participaram de uma cerimônia de três horas em memória das 96 vítimas do acidente que, além do presidente e sua esposa, causou a morte de diversas autoridades do governo e militares.
Funeral
A cerimônia, na praça Pilsudski, a maior da capital, Varsóvia, começou com o toque de sirenes em todo o país, seguido por pronunciamentos do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk. Depois disso, foi realizada uma missa em homenagem aos mortos.
A cerimônia foi realizada em um palco especialmente construído para o evento, em forma de escadaria, no qual foram afixadas fotografias de todas as vítimas atrás de uma grande cruz branca.
A missa foi celebrada por bispos poloneses e pelo enviado especial do Vaticano, cardeal Angelo Soldano.
Foi nesta mesma praça que o papa João Paulo 2 rezou uma missa durante a sua primeira peregrinação ao seu país-natal, em 1979.
A multidão nas ruas de Varsóvia era tão grande que muitos assistiram à cerimônia em telões na praça Pilsudski e até no parque ao lado.
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