Pelo menos 40 pessoas morreram e 60 ficaram feridas em dois atentados suicidas neste sábado perto de um local de registro para deslocados internos no noroeste do Paquistão, informou a polícia do país.
As bombas foram detonadas em um espaço de minutos no centro de Kacha Pukha, nos arredores da cidade de Kohat.
O ataque acertou um grupo de deslocados internos que esperava pela distribuição de alimentos.
Mais de um milhão de pessoas tiveram que deixar suas casas na região tribal próxima à fronteira com o Afeganistão, onde o Exército paquistanês luta contra militantes islâmicos.
Um porta-voz da polícia local, Khalid Omarzai, disse que as explosões ocorreram quando os alimentos estavam sendo distribuídos.
Segundo o correspondente da BBC no Paquistão Aleem Maqbooi, as vítimas eram muçulmanos xiitas. O grupo sunita Lashkar-e-Jhangvi assumiu a autoria dos atentados.
O centro de Kacha Pukha oferece abrigo às pessoas que chegam do distrito de Orakzai, onde os militares vêm combatendo os militantes desde o fim do ano passado.
Cerca de 210 mil civis foram deslocados, incluindo quase 50 mil que fugiram de suas casas no mês passado, depois que a infantaria entrou na região.
‘Bárbaro’
O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, condenou os ataques e ordenou que a segurança seja reforçada para “proteger as pessoas de incidentes terroristas”.
As autoridades ordenaram que o incidente, descrito pelo ministro da Defesa Ahmad Mukthar como “altamente bárbaro e covarde”, seja investigado.
Em um comunicado distribuído pela agência de notícias Associated Press of Pakistan, ele disse que os terroristas querem desestabilizar o país, mas que todos os esforços serão feitos para eliminá-los.
Uma série de atentados a bomba no Paquistão atribuídos à al-Qaeda e a militantes do Talebã causaram a morte de mais de 3.200 pessoas em menos de três anos.
O presidente americano, Barack Obama, descreveu a área tribal na fronteira com o Afeganistão como o lugar mais perigoso da Terra.
O Paquistão é um aliado chave de Washington na tentativa de estabilizar o vizinho Afeganistão.
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