Às vésperas das comemorações do Dia do Índio, dia 19, a comunidade da Terra Indígena do Ribeirão Silveira, em São Sebastião, não têm muito a comemorar. Os indígenas vêm enfrentando problemas que estão interferindo na sua sobrevivência, no cotidiano e na preservação de seus costumes e de sua cultura. A maior preocupação, no entanto, é tentar barrar a fome que já ronda a aldeia, que é uma das 22 existentes no Estado de São Paulo. Para amenizar a questão da fome, os índios da etnia Guarani cultivam o plantio do palmito juçara, plantas ornamentais e frutíferas (especialmente banana e cana-de-açúcar) em um viveiro mantido pela comunidade. "Nossa gente sobrevive da venda do palmito e de objetos artesanais. Com nosso cultivo, combatemos a fome e a desnutrição", afirma o cacique Adolfo Timoteo ("Verá Mirim"), líder da comunidade.
Atualmente as cerca de 85 famílias, que totalizam aproximadamente 500 índios, recebem assistência das prefeituras de São Sebastião e Bertioga, da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), de secretarias estaduais e de alguns ministérios. Apesar disso, os índios se sentem carentes.
A cada ano, segundo Werá Mirim, a população vem crescendo e a estrutura existente na área onde os índios habitam começa dar sinais de que necessita ser aumentada. A taxa de natalidade cresce entre 12% a 15% ao ano.
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