SÃO PAULO, SP, 16 de maio (Folhapress) - O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou hoje que a situação na Síria é um problema da comunidade internacional em seu conjunto e insistiu que seu país não agirá sozinho para pôr fim ao conflito que, conforme a ONU, já matou mais de 80 mil pessoas.
"Continuaremos tentando mobilizar a comunidade internacional em seu conjunto para que o ditador Bashar al-Assad se dê conta de que "não tem legitimidade e tem de ir embora", disse Obama.
O americano falou à imprensa hoje ao lado do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Não há fórmulas mágicas para resolver situações extraordinariamente violentas e difíceis como a da Síria", disse. "Se as tivesse, creio que o primeiro-ministro e eu já as teríamos colocado em prática e a crise teria chegado ao fim", completou.
Obama afirmou estar convencido de que os parceiros americanos na região também não acreditam que o unilateralismo seja uma boa opção neste caso.
Embaixadas
Na entrevista, Obama também pediu que seu projeto orçamentário seja aprovado para que o Departamento de Estado possa melhorar a segurança das missões diplomáticas no exterior e evitar, assim, outro ataque como o ocorrido no consulado em Benghazi (Líbia), que deixou quatro diplomatas americanos mortos.
"Estou decidido a assegurar que estamos fazendo todo o possível para evitar outra tragédia como esta", disse Obama em referência ao ataque.
O plano orçamentário apresentado em abril por Obama para o ano fiscal de 2014 atribui US$ 47,8 bilhões para o Departamento de Estado, com prioridade para a melhora da segurança nas instalações diplomáticas e para a presença no Ásia-Pacífico.
O projeto de Obama prevê destinar US$ 4 bilhões à segurança do pessoal e das missões diplomáticas no exterior, por causa das recomendações emitidas após o ataque em Benghazi. Vazamento
No que se refere ao acesso de investigadores federais aos registros telefônicos de uma agência de notícias dos EUA, Obama disse que não pedirá desculpas por sua preocupação com vazamentos à mídia que comprometem a segurança nacional dos EUA ou colocam militares americanos em risco.
O presidente manifestou total confiança no secretário da Justiça dos EUA, Eric Holder, e não quis comentar a apreensão pelo Departamento da Justiça dos registros telefônicos de jornalistas da Associated Press, como parte de uma investigação sobre vazamentos para a mídia de informações a respeito de um plano de militantes no Iêmen para explodir um avião de passageiros dos EUA.
Escrito por Da Redação
Publicado em 16.05.2013, 16:33:00 Editado em 27.04.2020, 20:30:10
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