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Palestinos protestam para lembrar exílio forçado

SÃO PAULO, SP, 15 de maio (Folhapress) - Milhares de palestinos lembraram hoje em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental o 65º aniversário da Nakba ("catástrofe", em árabe), que representa para eles a criação de Israel em 1948 e o consequente êxodo de

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 15.05.2013, 13:05:00 Editado em 27.04.2020, 20:30:14
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SÃO PAULO, SP, 15 de maio (Folhapress) - Milhares de palestinos lembraram hoje em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental o 65º aniversário da Nakba ("catástrofe", em árabe), que representa para eles a criação de Israel em 1948 e o consequente êxodo de 760 mil pessoas.

Os palestinos foram obrigados a deixar a região pelo avanço das tropas judaicas, durante a guerra entre israelenses e árabes após a proclamação de Israel, em 15 de maio de 1948. Dois terços da população que vivia então na Palestina histórica se tornaram refugiados na Jordânia, Síria, Líbano, Gaza e Cisjordânia.

Hoje, a principal concentração aconteceu em Gaza, onde cerca de 10 mil pessoas marcharam com bandeiras palestinas e chaves de ferro ou madeira que simbolizam o lar perdido.

Os participantes, pertencentes às distintas facções palestinas, desde a esquerda marxista até o islamismo mais conservador, exortaram em cânticos a "não ceder" na questão do direito de retorno dos refugiados e seus descendentes em qualquer eventual acordo de paz com Israel.

"Não haverá paz duradoura e permanente com Israel que exclua essa questão fundamental. Não há alternativa ao direito básico de retorno do povo palestino e à aplicação das resoluções das Nações Unidas", assinalou aos jornalistas Zakaria al-Agha, diretor de refugiados da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e membro do seu Comitê Executivo.

O retorno dos refugiados à sua terra está reconhecido na resolução 194 da ONU, mas sua aplicação plena nunca esteve sobre a mesa nas negociações de paz entre israelenses e palestinos, já que Israel não se considera responsável pela Nakba e descarta perder sua maioria demográfica.

Na Cisjordânia, o epicentro das manifestações aconteceu em Ramallah, onde se concentraram ao meio-dia cerca de 5.000 pessoas, segundo cálculos da polícia palestina.

Famílias que vivem em campos de refugiados, representantes da ANP (Autoridade Nacional Palestina), jovens e escoteiros se concentraram na Praça do Mártir Yasser Arafat e entoaram cânticos como "Perdemos nossa terra, mas não nosso direito a ela" e "Ninguém pode nos tirar a Palestina".

Os representantes de campos de refugiados da Cisjordânia levavam cartazes nos quais sublinhavam que algum dia retornarão às casas que foram deixadas para trás por suas famílias.

Hoje, com seus descendentes, esse número chegou a 5,1 milhões, segundo dados da agência da ONU para ajuda aos refugiados palestinos, ou 5,3 milhões, de acordo com o relatório publicado pelo Escritório Central de Estatística Palestina por ocasião da efeméride.

No posto de controle militar de Kalandia, entre Jerusalém e Ramallah, houve enfrentamentos entre manifestantes e soldados israelenses que deixaram vários feridos, segundo a agência oficial palestina Wafa.

Em Jerusalém, poucas dezenas de pessoas se concentraram com bandeiras palestinas no Portão de Damasco, que dá acesso à Cidade Antiga, em Jerusalém Oriental.

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