O caos no transporte aéreo na Europa continua sem fim à vista neste domingo. Milhares de passageiros permanecem no aguardo de voos que vêm sendo cancelados há quatro dias, desde o início da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, que lançou uma nuvem de partículas vulcânicas na atmosfera.
A maioria dos aeroportos internacionais europeus continua inoperante e cerca de 20 países – entre eles Grã-Bretanha, Alemanha, Suécia, Holanda e Bélgica – permanecem com o espaço aéreo totalmente fechado, enquanto a nuvem vulcânica não se dissipa.
No sábado, cerca de 17 mil voos, três quartos dos voos previstos, foram cancelados. A proibição de voos na Grã-Bretanha foi estendida até as 19h deste domingo (15h, no horário de Brasília), já os aeroportos do norte da França e da Itália devem permanecer fechados até segunda-feira.
Na Alemanha e na Holanda, as companhias aéreas Lufthansa e KLM realizaram voos de teste e estudam as aeronaves para detectar qualquer problema que possa ter sido provocado pelas partículas vulcânicas.
Segundo o glaciologista britânico Matthew Roberts, que trabalha no serviço de meteorologia da Islândia, o vulcão islandês já está produzindo menos cinzas.
"Entretanto, ainda há cinzas vulcânicas na atmosfera e um efeito retardado entre a emissão do material pelo vulcão e as cinzas flutuando para o espaço aéreo europeu", afirmou.
Além disso, meteorologistas afirmam que as condições meteorológicas continuam não colaborando para dissipar a nuvem de cinzas vulcânicas.
De acordo com Brian Golding, chefe de pesquisa de previsão da Agência Meteorológica Britânica (Met Office), ela deve permanecer sobre o país "durante vários dias".
"Precisamos de uma mudança na direção dos ventos que permaneça assim durante vários dias. E não há qualquer sinal disso no futuro imediato", disse Golding.
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