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Terremoto na China deixa 617 mortos

Equipes de resgate lutavam ontem contra a altitude, a dificuldade de acesso e o frio para tentar salvar vítimas soterradas pelo terremoto de 7,1 graus na escala Richter que atingiu a Província de Qinghai, no noroeste da China, e deixou pelo menos 617 m

Da Redação

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 Equipes de resgate buscam sobreviventes sob escombros
Icone Camera Foto por AP/Estadão
Equipes de resgate buscam sobreviventes sob escombros
Escrito por Da Redação
Publicado em 15.04.2010, 10:29:00 Editado em 27.04.2020, 21:02:52
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Equipes de resgate lutavam ontem contra a altitude, a dificuldade de acesso e o frio para tentar salvar vítimas soterradas pelo terremoto de 7,1 graus na escala Richter que atingiu a Província de Qinghai, no noroeste da China, e deixou pelo menos 617 mortos e 10 mil feridos.

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O epicentro do tremor localizou-se na cidade de Yushu, próxima da fronteira com o Tibete, que fica a 4.000 metros de altitude e a 800 quilômetros da capital da província, Xining. Quase todos os habitantes do local são tibetanos, que vivem em casas típicas de barro e madeira. As construções são frágeis e cederam facilmente ao terremoto, o que explica o alto número de feridos.

Segundo a agência oficial de notícias Nova China, 85% das casas e 70% das escolas de Yushu foram destruídas pelo tremor, que ocorreu às 7h49 locais de ontem (noite de terça-feira em Brasília). Em uma das escolas havia entre 30 e 40 pessoas soterradas, que equipes de resgate tentavam com dificuldade retirar dos escombros.

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"Nós temos de usar principalmente nossas mãos para tirar os escombros, já que não temos grandes máquinas escavadeiras", disse um policial da equipe de resgate chamado Shi Huajie. O terremoto também derrubou templos, provocou deslizamentos de terra, interrompeu estradas e afetou o fornecimento de energia. A operação de resgate foi comprometida por 18 tremores secundários que ocorreram ao longo do dia, o mais forte dos quais atingiu 6,3 graus na escala Richter.

O número de mortos pode subir em razão do grande número de pessoas ainda soterradas sob os escombros de casas, escolas, lojas e templos. Até a noite de ontem, 40 corpos haviam sido retirados de locais que desabaram.

"Vejo pessoas feridas em todos os lugares. O maior problema agora é que nós temos falta de tendas, equipamento médico, remédios e médicos", afirmou um funcionário da prefeitura de Yushu. "As ruas estão tomadas por pessoas em pânico e feridas, muitas das quais sangrando na cabeça", acrescentou.

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Os hospitais da região eram incapazes de atender à demanda de milhares de feridos que precisavam de socorro. Na noite de ontem, 3.600 feridos estavam recebendo tratamento, de acordo com as autoridades locais. A organização Médicos Sem Fronteiras anunciou o envio de três médicos para avaliar a situação em Yushu, mas eles só conseguirão chegar ao local no sábado.

Dificuldades - Os que sobreviveram enfrentaram o drama de passar a noite desabrigados, com temperaturas abaixo de zero e vento intenso. O governo despachou para o local 10 mil tendas e 100 mil cobertores e casacos, quantidade insuficiente para atender todos os que perderam suas casas.

Durante o dia de ontem, 700 soldados participavam das operações de resgate, enquanto outros 4.600 estavam a caminho da região. Além de buscar sobreviventes, eles tinham de reparar a estrada que serve o aeroporto local e abrir caminho para a chegada de socorro. O vice-primeiro-ministro Hui Liangyu chegou a Yushu na noite de ontem para coordenar os trabalhos.

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A Província de Qinghai é vizinha à de Sichuan, onde há quase dois anos um terremoto de 8 graus provocou a morte de 87 mil pessoas, das quais pelo menos 5.300 eram alunos que estavam nas escolas no momento do tremor. "Nossa prioridade é salvar os estudantes. Escolas sempre são lugares onde há muitas pessoas", afirmou Kang Zifu, militar que participa das operações de resgate.


Cronologia

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