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Família de Dorothy elogia ação da Justiça brasileira

A família da missionária Dorothy Stang comemorou nos Estados Unidos a condenação, ontem, do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser um dos mandantes da morte dela. Ele deve cumprir em regime fechado a pena de 30 anos arbitrada por

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.04.2010, 17:35:00 Editado em 27.04.2020, 21:02:55
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A família da missionária Dorothy Stang comemorou nos Estados Unidos a condenação, ontem, do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser um dos mandantes da morte dela. Ele deve cumprir em regime fechado a pena de 30 anos arbitrada por um júri popular composto por seis mulheres e um homem. David Stang, irmão da missionária, disse que sempre acreditou no sistema judiciário brasileiro, por isso valeu a pena ter viajado de tão longe para assistir ao julgamento. "A nossa família sabia que aqueles que mataram nossa irmã seriam condenados, porque a polícia realizou um bom trabalho e o Ministério Público reuniu as provas suficientes", resumiu Stang.

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Para a missionária Rebecca Spires, integrante da congregação de Notre Dame, a mesma a qual serviu irmã Dorothy, o resultado foi igual ao do primeiro julgamento. "Estamos muito satisfeitos. A justiça foi feita e ela representa um recado para aqueles que apostam na impunidade", acrescentou Spires. Ela espera que no próximo dia 30, quando será julgado o outro acusado de mandante do crime, o fazendeiro Regivaldo Galvão, o Taradão, o mesmo resultado do júri de Bida seja mantido.

Bida disse que ainda não sabe se seu advogado irá recorrer da decisão. A condenação começou a ser cumprida hoje no Centro de Recuperação, no bairro do Coqueiro, na região metropolitana de Belém. O fazendeiro, de acordo com a decisão dos jurados, não terá o direito de recorrer da condenação em liberdade. A pena foi de 29 anos, acrescida de mais um ano pelo fato de a vítima ser idosa de 73 anos.

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Ao ser interrogado pelo juiz Raimundo Moisés Flexa, o acusado negou ter mandado matar a missionária. "Deus sabe que eu estou dizendo a verdade", declarou Bida. O juiz, ao ouvir a frase do fazendeiro, interveio com rigor: "vamos tirar Deus dessa história". E Bida ainda insistiu: "mas é verdade".

Os defensores públicos Paulo Bona e Alex Noronha informaram que não cabe a eles apelar contra a condenação. "A nossa missão foi defender o Bida no julgamento e ela acabou ali", explicou Noronha. O advogado Eduardo Imbiriba, defensor contratado por Bida, não compareceu ao julgamento, deixando o fazendeiro irritado.

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