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China volta a rejeitar sanções contra o Irã

O Ministério do Exterior chinês voltou a afirmar que a disputa nuclear envolvendo o Irã não pode ser resolvida através de sanções, horas após o presidente chinês acenar, em Washington, com a possibilidade de trabalhar juntamente com os Estados Unidos e

Da Redação

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 Hu Jintao e Obama se encontraram em Washington antes da cúpula
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Hu Jintao e Obama se encontraram em Washington antes da cúpula
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.04.2010, 10:42:00 Editado em 27.04.2020, 21:02:56
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O Ministério do Exterior chinês voltou a afirmar que a disputa nuclear envolvendo o Irã não pode ser resolvida através de sanções, horas após o presidente chinês acenar, em Washington, com a possibilidade de trabalhar juntamente com os Estados Unidos em uma resolução da ONU contra Teerã.

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Durante o rotineiro encontro com a imprensa, em Pequim, o porta-voz do Ministério, Jiang Yu, disse que a o país "acredita que o diálogo e as negociações são a melhor maneira de resolver de forma apropriada o tema nuclear iraniano".

"Sanções e pressão não podem solucionar a essência do problema. Acreditamos que as ações relevantes tomadas pelo Conselho de Segurança da ONU deveriam aliviar a situação e avançar, resolvendo o problema através do diálogo e de negociações."

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Na segunda-feira, o presidente americano, Barack Obama, recebeu o presidente chinês, Hu Jintao, em uma reunião bilateral em que foram discutidas a questão nuclear iraniana e a desvalorização da moeda chinesa em relação ao dólar.

Depois do encontro, a Casa Branca disse que os dois líderes orientaram seus diplomatas a trabalhar em uma possível nova rodada de sanções.

Os chineses, porém, foram menos enfáticos. Reiteraram a defesa do diálogo como forma de solucionar a questão nuclear iraniana, mas disseram que os Estados Unidos e a China compartilham o mesmo objetivo.

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Os dois presidentes participam em Washington da Cúpula sobre Segurança Nuclear, que reúne representantes de 47 países para discutir medidas para impedir que material nuclear caia em poder de organizações terroristas.

A China é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com direito a veto.

O país tradicionalmente se posiciona contra a imposição de novas sanções contra o Irã e defende o caminho do diálogo para resolver a questão.

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Nos últimos dias, no entanto, Pequim tem dado sinais de que poderia mudar de opinião. O governo chinês já aceitou discutir a questão e, na semana passada, enviou um diplomata a uma reunião sobre o tema em Nova York.

O analista de defesa e segurança da BBC, Nick Childs, disse que é clara, entre os americanos, a percepção de ter convencido os chineses a começar a aceitar sanções contra o Irã.

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Porém os chineses continuam céticos em relação a sanções e interessados em negócios com Teerã, e ainda é cedo para avaliar se a pressão de Washington será bem-sucedida.

Para o analista, a complexidade da equação será traduzir as convergências em uma política que possa ser aceita por ambos os países, em meio à impaciência do governo Obama para tomar uma atitude contra o Irã.

O presidente americano já disse que espera uma nova resolução da ONU dentro de "semanas".

Os outros quatro membros permanentes do Conselho de Segurança - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Rússia - já se posicionaram a favor de uma quarta rodada de sanções.

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