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Medidas de Israel poderão deportar milhares

Os militares israelenses emitiram novas ordens e medidas sobre a deportação neste domingo, as quais os grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que poderão levar à expulsão de dezenas de milhares de palestinos da Cisjordânia.   Sob as novas me

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.04.2010, 09:10:00 Editado em 27.04.2020, 21:02:58
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Os militares israelenses emitiram novas ordens e medidas sobre a deportação neste domingo, as quais os grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que poderão levar à expulsão de dezenas de milhares de palestinos da Cisjordânia.

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Sob as novas medidas, qualquer pessoa que for descoberta vivendo na Cisjordânia sem uma permissão do governo de Israel poderá ser expulsa em três dias ou ser sentenciada a até sete anos de prisão.

As medidas entrarão em vigor a partir da terça-feira desta semana. Os militares afirmam que as leis em vigor já permitem a expulsão de moradores "ilegais" e que as novas ordens acrescentam mais um passo à supervisão judicial sobre os procedimentos de deportação.

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Contudo, dez grupos israelenses de defesa dos direitos humanos fizeram um apelo ao ministro da Defesa, Ehud Barak, para derrubar as novas regras. Segundo os grupos, as medidas são tão vagas que virtualmente todos os moradores da Cisjordânia estão em risco. Por exemplo, os militares não definem quais permissões são necessárias para evitar a deportação, dizem os grupos. Os militares israelenses mais tarde esclareceram que moradores com direito de residência na Cisjordânia não estão no alvo das medidas.

O principal negociador palestino, Saeb Erekat, denunciou as novas medidas como "um assalto contra os palestinos comuns e uma afronta aos mais fundamentais princípios dos direitos humanos". Ele disse que os palestinos estão sendo criminalizados na sua própria casa, a Cisjordânia.

Erekat e os ativistas israelenses dizem acreditar que os alvos iniciais incluirão os palestinos da Faixa de Gaza que vivem na Cisjordânia, e maridos e mulheres estrangeiros de moradores palestinos da Cisjordânia. Dezenas de milhares de pessoas estão em risco nesses dois grupos, disse o grupo israelense HaMoked. Desde a eclosão da segunda Intifada palestina, em 2000, Israel tem proibido os movimentos de populações palestinas entre a empobrecida Faixa de Gaza e a relativamente mais próspera Cisjordânia. Antes da proibição, milhares de habitantes da Faixa de Gaza se mudaram para a Cisjordânia em busca de empregos.

Contudo, as carteiras de identidade dos palestinos de Gaza que vivem na Cisjordânia ainda os identificam como moradores de Gaza, uma vez que o governo israelense recusou-se a mudar o registro dos endereços desses palestinos.

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