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Resgate no Rio pode durar meses

Revezando-se em turnos de 12 horas, cerca de 200 bombeiros trabalham ininterruptamente nas buscas por corpos de vítimas da tragédia do Morro do Bumba, em Niterói, onde dezenas de casas foram soterradas por toneladas de lixo e terra na noite da última q

Da Redação

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 Bombeiros trabalham ininterruptamente e não deixarão local até encontrar todas as vítimas
Icone Camera Foto por AP/BBC Brasil
Bombeiros trabalham ininterruptamente e não deixarão local até encontrar todas as vítimas
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.04.2010, 09:06:00 Editado em 27.04.2020, 21:02:59
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Revezando-se em turnos de 12 horas, cerca de 200 bombeiros trabalham ininterruptamente nas buscas por corpos de vítimas da tragédia do Morro do Bumba, em Niterói, onde dezenas de casas foram soterradas por toneladas de lixo e terra na noite da última quarta-feira.

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Até o início da tarde deste domingo, 36 corpos já haviam sido retirados do terreno que abrigava um antigo lixão, mas estima-se que dezenas de habitantes da comunidade que havia se estabelecido no local ainda possam estar soterrados.

Além do perigo de novos deslizamentos, a maior dificuldade para os homens do corpo de bombeiros é ter que lidar com as enormes quantidades de lixo e com o líquido que escorre das encostas.

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Para evitar o cheiro dos gases que exalam do terreno, visíveis pela fumaça que sai cada vez que alguns pontos são escavados, os bombeiros utilizam máscaras, enquanto alguns populares que acompanham as operações cobrem o rosto como podem.

Segundo o major Rodrigo Bastos, um dos responsáveis pelas operações, inicialmente o trabalho de retirada dos escombros é feito por grandes escavadeiras. Na manhã deste domingo, sete operavam no local.

"As escavadeiras trabalham para tirar o grosso, quando encontramos uma laje ou outra coisa, o trabalho passa a ser manual", disse.

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Bastos, que participou das ações de buscas de vítimas das chuvas em Angra dos Reis e do terremoto no Haiti, conta que o momento em que ficou mais emocionado nas operações no Morro do Bumba foi quando foram encontrados os corpos de uma senhora abraçada com uma criança, ainda na última quarta-feira.

Ele afirma ser difícil comparar as operações no Haiti, em Angra e no morro, mas diz que no caso de Niterói, o trabalho é difícil pela presença de quantidades de lama e esgoto nos escombros.

"No Haiti foi um terremoto, tudo desabou, e havia o risco de novos tremores", diz.

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Segundo o major, não é possível estimar quanto tempo ainda levarão as buscas por corpos, mas diz que os bombeiros permanecerão no local.

"Pode durar meses ou até anos, mas só vamos encerrar as operações com todas as vítimas retiradas."

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Turnos

O palco de operações no morro ainda conta com membros da Defesa Civil, um posto avançado do IML e um exército de voluntários que servem alimentos e bebidas ao pessoal envolvido nas buscas.

Do lado de fora do cordão de isolamento, jornalistas, moradores da região e curiosos aguardam por notícias.

De acordo com o coronel José Paulo Miranda de Queiroz, subcomandante do Corpo de Bombeiros, apesar do desgate das operações, alguns homens querem continuar o trabalho mesmo após o fim de seus turnos.

"Alguns não querem sair" disse, afirmando que há inclusive auxílio psicológico para os homens que trabalham nas buscas.

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