O dirigente palestino Nabil Xaath classificou neste domingo a ordem para prender ou deportar os residentes da Cisjordânia que não tenham permissão emitida pelas autoridades de Israel como "a pior medida racista" adotada pela ocupação israelense. "A medida permitirá, por exemplo, que o comando militar israelense considere como infiltrados palestinos que vivam, mas que não tenham nascido na Cisjordânia, crianças nascidas na Cisjordânia de pais de Gaza e mulheres residentes na Cisjordânia", denunciou.
Em declarações à Efe, Xaath anunciou que a ANP (Autoridade Nacional Palestina) vai fazer "uma campanha diante da comunidade de nações" para tentar impedir nos fóruns internacionais essa medida, revelada hoje pelas organizações humanitárias israelenses. Xaath adiantou que entre os interlocutores que a ANP buscará para resistir a medida israelense, estarão "o mundo árabe e países europeus como a França e a Espanha, que é uma nação amiga e atualmente ocupa a Presidência da União Europeia". Segundo as ONGs denunciantes, a nova ordem israelense entrará em vigor na terça-feira e sua redação é tão genérica que teoricamente permitirá deportações maciças de habitantes da Cisjordânia, onde vivem cerca de 3 milhões de palestinos.
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.04.2010, 22:45:00 Editado em 27.04.2020, 21:03:00
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