A coalizão de centro-direita Fidesz assegurou 206 dos 386 assentos no Parlamento nas eleições deste domingo na Hungria, derrotando os socialistas. Favorito nas pesquisas, o Fidesz, do carismático Viktor Orban, recebeu 52,77% dos votos.
Os resultados correspondem a 99,2% dos votos apurados. Os socialistas, com apenas 19,29%, já admitiram a derrota, após oito anos no poder.
O partido de extrema direita Jobbik ficou com 16,71% de votos, entrando pela primeira vez no Parlamento húngaro, e já como a terceira força política. A agremiação prometeu 20 anos de prisão para a classe política que governou o país nos últimos 20 anos e "obrigar os bancos a pagar impostos".
Os liberais verdes do LMP conseguiram 25 assentos. Os 121 lugares restantes serão determinados no segundo turno, em 25 de abril.
Emprego
Durante a campanha, Orban prometeu "voltar a pôr a economia húngara de pé", organizar o sistema de saúde e "garantir a segurança pública".
Para alcançar esses objetivos, o partido prometeu diminuir os impostos e criar "um milhão de novos empregos em dez anos", num país com 10 milhões de habitantes.
A Hungria foi salva da bancarrota em 2008 graças a 20 bilhões de euros emprestados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (Bird) e a União Europeia (UE). A contrapartida foi a adoção de uma política fiscal rigorosa.
Aumento dos impostos, redução da ajuda do governo, cancelamento do décimo terceiro salário anual e cortes nas aposentadorias foram algumas medidas de uma política que os eleitores puniram, votando na direita e na ultradireita.
64% de participação
A divulgação dos resultados da eleição atrasou. O Comitê Eleitoral Nacional disse que algumas estações de voto foram deixadas abertas até depois do horário previsto para o encerramento porque ainda havia eleitores fazendo fila para votar.
O índice de participação foi de 64,29%, ligeiramente inferior ao primeiro turno das eleições de 2006 (67,83%).
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