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Na Colômbia, sul-africano J.M. Coetzee faz discurso duro contra a censura

SÃO PAULO, SP, 11 de abril (Folhapress) - O escritor sul-africano e Nobel de Literatura em 2003, J.M. Coetzee, criticou todas as práticas de censura em um discurso pesado ontem em Bogotá, na Colômbia. Ele citou experiências pessoais sob o regime de seg

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.04.2013, 15:33:00 Editado em 27.04.2020, 20:31:41
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SÃO PAULO, SP, 11 de abril (Folhapress) - O escritor sul-africano e Nobel de Literatura em 2003, J.M. Coetzee, criticou todas as práticas de censura em um discurso pesado ontem em Bogotá, na Colômbia. Ele citou experiências pessoais sob o regime de segregação racial do Apartheid, na África do Sul.

Coetzee tem viagem marcada para o Brasil na próxima semana. Ele fará duas conferências: uma gratuita no Teatro Fernanda Montenegro, em Curitiba, no dia 15, e outra (com ingressos de R$ 25 a R$ 50), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, no dia 18.

No encontro, vai abordar a censura, tema de que já tratou em ensaios como os reunidos em "Giving Offense", de 1997. Serão 50 minutos, sem mediadores nem perguntas do público. Na ocasião, a Companhia das Letras lança seu romance "A Infância de Jesus".

Na Colômbia, o escritor participava de um seminário chamado "Três dias com J.M. Coetzee" e aproveitou para abordar o assunto citando seu livro "No Coração do País", de 1977, com o qual ganhou o principal prêmio literário de seu país, o CNA Prize. Segundo ele, seus livros foram alvo de censura por terem sido escritos por um autor branco, de classe média e que não escrevia "literatura de massa".

Entre os livros escritos pelo sul-africano estão "Dusklands", de 1974. Em 1983, publicou "Life & Times of Michael K" e em 1999, "Disgrace".

Para ele, o controle do governo sul-africano marcou uma série de romancistas de sua geração durante o Apartheid (1940-1990), em que a censura se converteu em um fenômeno histórico.

Coetzee afirmou que seu interesse pelo tema surgiu quando um amigo lhe perguntou se ele gostaria de ver os comentários que os censores haviam escrito sobre suas obras, na época. Ele descobriu que muitos agentes eram intelectuais reconhecidos e próximos a ele.

Ele concluiu seu discurso com uma crítica às práticas atuais de censura, "embora mais sutis", mas que ainda prejudicam a criatividade e a difusão de ideias.

Considerado pela crítica como um dos mais importantes romancistas da atualidade, Coetzee impregnou seu livros de questionamentos de práticas de racismo e submissão.

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