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Países descartam retirada de Pyongyang mesmo com alerta de regime

SÃO PAULO, SP, 6 de abril (Folhapress) - A maioria dos 24 países que têm embaixadas na Coreia do Sul decidiu manter os diplomatas no país mesmo após Pyongyang dizer ontem que não vai garantir a segurança dos representantes internacionais após a próxima

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.04.2013, 09:39:00 Editado em 27.04.2020, 20:31:53
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SÃO PAULO, SP, 6 de abril (Folhapress) - A maioria dos 24 países que têm embaixadas na Coreia do Sul decidiu manter os diplomatas no país mesmo após Pyongyang dizer ontem que não vai garantir a segurança dos representantes internacionais após a próxima quarta. Dentre eles, está o Brasil.

A recomendação de retirar os embaixadores foi feita em meio ao aumento da retórica belicista do regime de Kim Jong-un contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul. As demonstrações militares dos norte-coreanos são uma represália ao aumento das sanções da ONU devido a um teste com uma bomba atômica em fevereiro.

Grande parte dos países notificados vê a retirada como uma estratégia do país comunista para aumentar a tensão na península coreana, assim como analistas de geopolítica. A tática seria uma forma de afirmação do novo ditador, que assumiu em 2011, dentro do país e no exterior.

Ontem, foi a vez da Alemanha decidir que vai permanecer no país. O ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, pediu que a Coreia do Norte cumpra com as obrigações internacionais e mantenha a segurança nas embaixadas no país e também condenou o regime comunista pelas ameaças à Coreia do Sul.

"Os cenários de ameaças e retórica bélica lançadas desde Pyongyang são inaceitáveis e colocam em perigo a estabilidade de toda a região", disse o ministro, em comunicado, em que também disse que pretende analisar a situação no país nos próximos dias.

Na tarde de ontem, o Itamaraty informou que manterá ainda os diplomatas brasileiros em Pyongyang, embora esteja avaliando a possibilidade de retirada.

"Seguimos com preocupação a escalada retórica na península coreana. Estamos em permanente contato com nosso embaixador, Roberto Colin, e avaliaremos quais são exatamente as condições antes de tomarmos uma decisão sobre sua permanência ou outra alternativa", disse o chanceler Antonio Patriota.

O Brasil mantém o embaixador Colin e dois funcionários em Pyongyang. Além deles, outros quatro brasileiros moram na Coreia do Norte -a mulher e o filho do embaixador e a embaixatriz palestina e sua filha, que estão em férias no Brasil. Mesmo em caso de retirada, as duas últimas seriam levadas pela delegação palestina.

Funcionamento

Além do Brasil e da Alemanha, Reino Unido, Rússia e China decidiram pela permanência das delegações. Além de Rússia, China, Reino Unido, Alemanha e Brasil, funcionam representações de Cuba, Suécia, Polônia, República Tcheca, Romênia, Índia, Paquistão, Síria, Egito, Vietnã e Palestina, entre outras.

O pedido é mais uma demonstração do regime de Kim Jong-un de que se prepara para uma guerra, embora não se saiba quais são as intenções do país com as movimentações militares. As recomendações foram feitas a dez dias da comemoração do aniversário de Kim Il-Sung, fundador do país e avô do atual ditador.

No comunicado, Pyongyang informou que só pode garantir a provisão de apoio logístico para a retirada de diplomatas do país até a próxima quarta, cinco dias antes da festa nacional e a data que Seul especula que os norte-coreanos lançarão dois mísseis de longo alcance.

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