SÃO PAULO, SP, 5 de abril (Folhapress) - Dois voos da Gol rumo a Buenos Aires foram obrigados a voltar para São Paulo no meio do caminho em consequência de uma paralisação de funcionários da companhia aérea na Argentina. Outros dois voos foram cancelados ainda em São Paulo - e os passageiros mandados para casa ou para hotéis.
O problema se deu nos voos em direção aos aeroportos de Ezeiza e ao Aeroparque, este na cidade de Buenos Aires, e já foi resolvido, disse a Gol.
Outros quatro voos no sentido contrário, de Buenos Aires para Cumbica, também não saíram.
Passageira de um dos voos, a publicitária Flávia Zanini, 34, disse que o comandante anunciou a volta ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, quando o avião estava a uma hora de pousar no Aeroparque.
Segundo ela, o comandante atribuiu a volta ao mau tempo na Argentina. Só ao chegar a São Paulo que ela descobriu da possibilidade de que se tratasse de uma paralisação.
Flávia havia saído de casa às 9h para embarcar às 12h20 para Buenos Aires. Chegou a São Paulo às 15h e foi orientada a voltar amanhã, para embarcar. A Gol pagou vale-alimentação e táxi de ida.
Outros passageiros, ao saber que a informação de mau tempo podia ser falsa, ficaram furiosos, disse a publicitária. Questionada, a Gol disse que irá apurar essa informação.
Em Cumbica, funcionários da Gol mantinham a informação de que o mau tempo havia causado o problema.
Não foi divulgado o número de passageiros prejudicados. A considerar a lotação do voo e o modelo das aeronaves, havia cerca de 150 pessoas em cada voo.
Assim como Flávia, os passageiros de São Paulo receberam vale alimentação e voucher de táxi para voltar para casa; os estrangeiros serão acomodados em hotéis, disse a Gol.
A companhia informou que colocará voos extras para atender quem foi prejudicado.
A Anac diz ter dado dez dias para a Gol explicar o que ocorreu nos voos. Se fiscais flagrarem eventuais descumprimentos na resolução que assegura direitos aos passageiros resulta em multa de R$ 4.000 a R$ 10 mil por infração, diz a agência.
Outro lado
Segundo a Gol, o problema se deveu a funcionários de uma empresa terceirizada, ligados a uma entidade sindical, que pararam em protesto contra demissões feitas pela companhia aérea. A empresa disse que essas demissões foram acompanhados pelo sindicato da categoria local e que não está medindo esforços para resolver o problema causado aos passageiros.
Escrito por Da Redação
Publicado em 05.04.2013, 18:23:00 Editado em 27.04.2020, 20:31:54
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